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1932 – O Grémio


                                  APE – Associação dos Pupilos


           MANUEL B. CORREIA      do Exército
           19470332




               pós as Assembleias Gerais, realizadas a 11 e 18 de
           AMaio de 1932, no Ateneu Comercial de Lisboa, com
           a  presença  de  cerca  de  65  antigos  alunos,  dum  uni-
           verso de cerca de 200 associados, oriundos do Instituto
           nos  anos  de  1912  a  1918,  assumiram  a  legalização  do
                                                                                          Álvaro
                                                                José da Cruz
                                                                             Domingos
           Grémio e, à eleição dos primeiros responsáveis, nos Cor-  Barroso Junior (3)  Lampreia (10)  d’Oliveira (63)  Manuel Lucas
                                                                                                    de Sousa (77)
           pos Gerentes.
              Nesta mesma “reunião” pelo presidente da mesa, pro-         Os seus Fundadores – 01Jun1932
           pôs  que  a  data  da  de  01  de  Junho  de  1932,  fosse  con-
           siderada  a  da  fundação,  o  que  foi  aprovado  por  acla-   Aprovados  que  estavam  Os  Estatutos”  e,  também,
           mação.                                             formalizado  o  seu  “registo”  na  Secretaria,  do  Governo
              – Aquela “assembleia” foi o corolário de várias reuniões   Civil  de  Lisboa  (11Out32),  pode  a  Comissão,  pelo  seu
           preparatórias realizadas fora do Instituto desde 1918, com   Presidente que, viria a ser o seu associado nº 7, certificar
           o objectivo de concretizarmos o que, ainda no Instituto, era   a criação do “Grémio dos Pupilos do Exército” – Associa-
           o pensamento dos rapazes da primeira geração de pupilos,   ção  de  Previdência,  Cultura  e  Educação  Física,  fundada
           com  relevo  para  os  que  dirigiam  e  colaboravam  no  nosso   em 01 de Junho de 1932, por deliberação assumida, em
           primeiro mensário o “Profissional” –. (Boletim nº 87 de Abr./  Acta de Constituição, de 11 de Maio de 1932.
           Jun-1977).
              A sua instituição e fundação, está, como sufragada, ao
           espírito da criação do nosso Instituto:
              * <Cada classe deve formar uma verdadeira família em
           que haja partilha recíproca de respeito, estima, auxílio mútuo,
           sacrifício, benefício e trabalho, sendo o de governo o mesmo
           de uma família regular e honesta, sendo os alunos tratados
           como crianças que são>.
              Tendo, marcadamente, como objectivo, de formação:
              *  <o  regime  e  tratamento  aplicáveis  devem  ser  os  que
           mais convenham à preparação de bons cidadãos e homens
           dignos que, como tais, necessitam de entrar na vida real>
              O Grémio (mais tarde a Associação) dos Pupilos do
           Exército, dava os seus primeiros passos:
              A 29 de Outubro, daquela ano, de 1932 e, na primei-
           ra  sede  (formal),  no  nº  128,  à  rua  dos  Sapateiros,  em   O  objectivo  primeiro  do  “Grémio,  foi  “aproximar  e
           Lisboa, na sala de sessões da Sociedade dos Artistas Lis-  reunir os ex-alunos do Instituto dos Pupilos do Exército, esta-
           bonenses (onde, a titulo precário, se ”usavam” duas exíguas   belecendo  entre  eles  a  mais  estreita  solidariedade,  sem
           salas alugadas, no 2º andar), se reuniu a Comissão Orga-  quaisquer distinções de classe ou de hierarquia;” – Al. a),
           nizadora  do  Grémio  e,  apresentado  pelo  seu  Presidente   do Artº 3º dos 1  Estatutos).
                                                                            os
           José Barroso Jr. “O Relatório”, datado de 20 de Outubro,   À  data,  o  número  de  associados,  rondavam  os  220
           que noticiou aos seus consócios, todas as “vivencias” e dos   inscritos. No início do ano de 1933, o Grémio muda a sua
           “passos” assumidos, que desde Março desse ano, vinham a   Sede,  até  Maio  de  1933,  para  o  Palácio  Ludovice,  um
           ser dados, ultrapassando, as “normais divergência de orien-  edifício do Sec. XVIII, situado junto ao jardim de S. Pedro
           tação” que se verificavam “entre os constituintes Pilónicos”   de Alcântara, em Lisboa, que dispunha de magníficas ins-
           para a criação do “Grémio”, SONHO que advém já, dos   talações, compreendendo sala para os órgãos sociais, salão
           anos de 1918. (Ler o nº 217 – Boletim APE – Abr. /Jun2010).  para festas e convívios, salas de bilhar e de ténis de mesa



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