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cRóNIcAs (cont.)





           específico da política de segurança e defesa de determi-  9. Pode, pois, retirar-se como conclusão que os poderes
           nados Estados-Membros (artigo 42º, nº 7, TUE).     bélicos da União não impedem que continuem a subsistir
                                                              as  prerrogativas  que  os  Estados-Membros  dispõem  no
                                                              domínio  militar  e,  mais  amplamente,  da  defesa,  como
           8.  As competências dos Estados-Membros            consequência das suas soberanias, por enquanto afetadas,
                                                              apenas, por exigência de uma atividade, limitada, concer-
              8. Na atual fase de evolução do sistema ainda não se   tada no âmbito da União. Mesmo que a evolução política
           pode falar de uma matéria integrada nos Tratados, já que   da União caminhe para a integração desta matéria e para
           continua  a  revestir  caráter  intergovernamental  bastante   o surgimento de uma política de defesa comum, isso não
           acentuado.  Daí  que  a  política  comum  de  segurança  e   impedirá que se mantenham as soberanias nacionais, do
           defesa no âmbito da União não afete o caráter específico   mesmo modo que, por exemplo, o desaparecimento das
           da política de segurança e defesa dos Estados-Membros   moedas nacionais não colocou em causa ou não colocou,
           que  continua  a  ser  da  sua  responsabilidade  individual,   ao menos, de uma forma irremediável em causa as refe-
           nomeadamente no que se refere às questões de defesa dos   ridas soberanias. Na realidade, o reconhecimento do inte-
           seus interesses em relação a países terceiros (artigo 42º,   resse  de  uma  política  de  defesa  comum  é  suscetível  de
           nº 2, segundo parágrafo, e nº 7, segundo parágrafo, TUE).   permitir maior especialização, melhor capacidade tática e
              Além  disso,  a  União  respeita  as  obrigações  que  para   operacional, uma resposta mais rápida face aos desequilí-
           certos  Estados-Membros  decorrem  da  OTAN,  os  quais   brios globais que afetam a organização e, no limite, uma
           vêem a sua política de defesa comum aí realizada, sendo   menor de contenção de despesas.
           a sua participação na União perfeitamente compatível com
           a  política  de  segurança  e  de  defesa  comum  adotada  no   Nota: O texto foi elaborado com base na versão da norma europeia
           quadro daquela organização militar (artigo 42º, nº 2, se-  da  língua  portuguesa  constante  do Acordo  Ortográfico  da  Língua
                                                              Portuguesa,  assinado  em  Lisboa  em  16.12.1990  e  em  vigor  desde
           gundo parágrafo, e nº 7, segundo parágrafo, TUE).   01.01.2010.








              1911 – Querer é Poder – 2012


                                                                                               FERNANDO S. CRISTO
                                                                                                       19550373

                                         erminadas  as  come-    Seria  ingratidão  não  realçar  também  todo  o  apoio
                                     Tmorações do primeiro    dado  à  comunidade  “pilónica”,  pela  Direcção  do  IPE,
                                     centenário  do  IPE,  é  de   nomeadamente na pessoa do seu Director, Senhor Ge-
                                     toda  a  justiça  realçar  e   neral Alves Rosa – bem-haja.
                                     agradecer  a  todos  os  ele-  Aquando  da  apresentação  do  livro  «100 Anos,  100
                                     mentos  da  Direcção  da   Escritos», palavras do Senhor Director do IPE, deixaram-
                                     APE e a todos aqueles que   -me apreensivo quanto ao futuro do Pilão – por favor,
                                     directa ou indirectamente   digam-me que entendi mal…
                                     colaboraram.                Vivemos tempos de «paranóia» restritiva, numa so-
                                        Extensivo é também o   ciedade,  cujos  valores  se  quantificam  por  «robalos»  e
                                     agradecimento  ao  Corpo   «pão-de-ló»,  mas  Senhores,  não  devem  nem  deixem
                                     Editor/Redacção do nosso   destruir as esperanças dos jovens.
                                     Boletim,  tudo  têm  feito   Esta jovem “pilão”, que em 18 de Novembro de 2011,
                                     para melhorar a sua apre-  recebeu com orgulho a sua Barretina, apenas deseja ter,
                                     sentação – sempre presen-  com  o  seu  estudo  e  trabalho,  o  direito  ao  futuro,  não
                                     tes.                     longe, mas sim no seu País.
               Delinearam todos um programa, um calendário, con-  Este presente não merece o passado que tivemos…
            seguiram  remover  obstáculos  e  fazer  com  que  ex-   De qualquer modo, para as próximas comemorações, dos
            -alunos(as) de muitas gerações voltassem a aconchegar   200 anos, «LÁ» vos espero de braços abertos.
            no peito a sua Barretina.                            Obrigado.



                                                                             Boletim da Associação dos Pupilos do Exército  |  19
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