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poesia



            ANTóNio BoAViDA PiNHeiro                           ANA DUArTe
            19460033                                           ex-aluna do io


                         As Rugas…                                               Quando



                    (de uma sénior de 84 anos…)

                                                                         Vem ver-me

                        Estas rugas que aqui vedes                       quando meu corpo adormecido
                                                                         sonhar contigo
                        Não significam velhice.
                                                                         quando a chuva bater na vidraça
                        Porque será que não credes?

                        Não as há na meninice!!!                         quando sair à rua
                                                                         e tentar apanhar as gotas

                                                                         que me fogem por entre os dedos
                        Que aquilo que não sofrerdes,
                                                                         quando o pôr do sol
                        Sem decénios que afligisse,                      deixar uma cama de luz no mar


                        Sem lágrimas que verterdes,
                                                                         quando as ondas mansamente
                        E a pobreza repartisse…                          se deitarem na areia


                                                                         vem ver-me
                        Minhas rugas testemunham                         quando a minha saudade

                        Tantas noites acordada,                          fizer doer


                        Até chegar…,a  alvorada,
                                                                         quando o meu sorriso se apagar



                        E as insónias que se impunham                    vem

                        Dum sofrer…, sem ganha-pão…                      vem ver-me

                        Rugas sim! Tristezas não!!!                      devagarinho, quando estiver
                                                                         com pressa
                                                                         quando…
                        Bate ainda o coração…
                                                                         se quando vieres
                        Rezo a Deus uma oração…


                                                                         se vieres
            (Sonetilho+ dístico, em redondilha maior)                    vem ver-me.



       54    Boletim da associação dos PuPilos do exército
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