Page 57 - Boletim APE_222
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Notas... soltas
DAViD SeQUerrA
1943.0333
os guarda-redes da minha década o “Bolinhas”, o 111, de
idêntica “fornada”, o Jorge
Cabrita vindo de Moçam-
uando me preparava para encetar um novo livro bique, para diminuta pas-
Qsobre as minhas memórias de 70 anos ligado ao sagem pelo “PILÃO”, até
futebol, dos "pré-violinos" aos tempos que correm, dei
comigo a imaginar uma croniqueta, de pura inspiração Out./1946.
Só depois, em 1949/50,
"pilónica", no jeito dos já clássicos "APONTAMENTOS" é que o pernilongo Medi-
que tenho redigido para este nosso Boletim. na Carreira apareceu a
Assim sendo dispus-me a relembrar os guarda-redes da bom nível, seguindo as
minha década mais chegada ao Instituto, de 1942 a 1952, pisadas do seu cunhado Filomeno de Sá, no Salto em
talvez influenciado (também) pela demasiado frequente Altura, especialidade que o bem ginasticado também ex-
confusão sobre quem tinha sido o goal-keeper (era assim perimentou com algum sucesso.
que se dizia, muito à fina...) da tão badalada equipa dos Estamos a (re)ver o compenetrado Henrique Carlos a
7-0 ao Colégio Militar, em 1948. equipar de negro muito elegante, distribuindo incitamen-
Tem havido quem diga – e até escreva – que o titular
da camisola nº 1 desse célebre despique, no Jamor, havia tos e conselhos aos seus colegas de equipa, em especial
sido o Medina Carreira, popularizado como "Jacaré", o 391 aos do seu Curso “pilónico”, Donaldo Duarte (228), Raul
Verde “Maruka” (322) e “Zé” Soromenho Preto (326).
de 1942. Não foi o “Jacaré” quem actuou nos tais 7-0 mas justo
E não foi, como já pudemos explicar, anteriormente, é referir que na muito “sumarenta” década de 40, o Me-
prestando justiça ao "nosso" Coronel Caseiro (1940.0277), dina Carreira enfileirou, com garbo, na bem preenchida
radicado nos arredores de Tomar e demasiado arredio da lista dos guarda-redes do IPE.
nossa APE. Para que conste – em mais destes despretensiosas “No-
O Henrique Carlos (Medina Carreira) sucedeu-lhe 2 tas Soltas”.
anos decorridos, tirando bom partido da sua elevada esta-
tura e excepcional rapidez de reflexos. Fez figura muito
embora nunca se afirmasse como um super-apaixonado do
futebol. Um Alegre convívio dos clássicos
No seu ano de finalista (1951) tendo passado a barrei-
ra clássica dos 18 anos, entregou o testemunho ao bem- “Bridgedeiros”
humorado Mário Martelo (1944-0363), um "pêxito"dos comes e bebes em vez de baralhos….
autênticos, ágil e destemido, tirando bom proveito do seu
treino nos areais de Sesimbra.
Do “Jardineiro” ao ”Bolinhas”
uando fui aluno novo,o “craque” das balizas “pilóni-
Qcas” era o DUARTE, vulgo “Jardineiro” o 354 ao
Curso de Construções entroncado, destemido, eficaz, ten-
do à sua frente o hercúleo “MONTEIRÃO” (057 dos anos
30/40) e os polivalentes Godinho e Durão de Matos.
O seu “reinado” foi até 1947 quando, o sóbrio e muito
atento contabilista António CASEIRO lhe sucedeu prote-
gido pelo Clemente Ferreira e Nicolau Matias.
Dessa equipa dos 7-0 justo é evocar o solícito e muito
inteligente “Xico” Jesuíno (097 de 1940) que tinha algumas ob o entusiástico “comando” do bem conhecido Jaime
dificuldades de visão neutralizadas pelo seu grande amor SLeite (19440319) os denominados “bridgedeiros”, que
ao “jogo da bola”. Seu contemporâneo (e talvez rival?) foi muito animam a vida da APE, encerraram a época de
Boletim da associação dos PuPilos do exército 55