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cultura e coNhecimeNto
Ilustrações n.º 15 e 16 – Bilhete postal e selos.
Já no presídio, Júlio da Costa Pinto foi tratado como
um preso comum, conforme aconteceu com muitos outros
oficiais monárquicos que, também revoltosos, para ali ti-
nham sido igualmente encaminhados. Sujo, roto e com as
feridas por tratar, provocou a emoção desalentada de um
Ilustrações n.º 11 e 12 – Folha timbrada da Junta Governativa do Reino
de Portugal e papel selado. seu antigo contemporâneo da Escola do Exército (actual
Academia Militar): “Ó Costa Pinto! Mas em que estado o
vejo!”. O bravo Capitão Júlio Costa Pinto desdenhou o
sinal de azeda simpatia do seu antigo camarada de armas
e respondeu-lhe à letra: “Você vê-me assim porque eu fui
fiel ao Rei e perdi! Você também jurou fidelidade, mas ganhou
Ilustrações n.º 13 e 14 – Papel-moeda (cunhado pela Junta Governativa
do Reino) e Cartão de Identidade.
de Fragata Afonso de Cerqueira, equivalente a Tenente-
-Coronel), tendo presenciado toda aquela valentia, reco-
nheceu quem era aquele oficial e prontamente interveio.
Exigiu aos seus homens e ao “povo republicano” que agia
como uma autêntica turba, o respeito por aquele herói
de África. E indo ao encontro de Costa Pinto, tomou a
iniciativa militarmente inusitada de ser ele a prestar
continência ao Capitão, não tendo aceitado a espada
que este lhe estendeu. Como aliás fez com Aires de
Ornelas e João de Azevedo Coutinho, a quem também
rendeu continência e tratou com a maior deferência.
Ilustração n.º 17 – Panfleto de propaganda exaltando a restauração da
Monarquia, editado pela Junta Monárquica de Nespereira.
Ilustrações n.º 18 e 19 – Restauração da Monarquia em Viana do Caste- Ilustração n.º 20 – Mapa com o posicionamento das forças monárquicas
lo; Manifestação de monárquicos na Foz do Porto. e republicanas, em Monsanto.
48 Boletim da associação dos PuPilos do exército