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CRÓNICAS
                                                                                                           CONTINUAÇÃO


                                                                 Vassíli Grossman não esqueceu os ditadores: “Uma jovem mãe põe
                                                              um filho no mundo em nossos dias. É aterrador segurar uma criança
                                                              junto do coração e, ao mesmo tempo, ouvir o clamor da multidão que
                                                              saúda Adolf Hitler. …a estridência de vidros partidos, o ruido das si-
                                                              renes, o bando de lobos que canta o hino do Partido Nacional Socia-
                                                              lista pelas ruas de Berlim. Da prisão de Moabit (centro de detenção da
                                                              Gestapo)  ouve-se  o  rumor  surdo  de  um  machado”;  “Com  os  seus
                                                              passos lentos e amplos, calçado com botas de salto baixo feitas de pele
                                                              de cabrito, Stalin aproximou-se do quadro e, afagando o bigode grisa-
                                                              lho, olhou demoradamente as rostos da mãe e do filho. Será que os
                                                              reconheceu?...Ele os encontrara nos comboios, nas prisões de trânsito,
                                                              quando os deportados eram transferidos de um lugar para outro. Terá
                                                              pensado neles mais tarde, nos seus anos de poderio?”
                                                                 Ao ver o quadro de Rafael sair de Moscovo para Dresden, seguir
                                                              o seu caminho, Grossman conclui o seu texto:  “conservamos a fé de
                                                              que a vida e a liberdade são uma coisa só e de que nada está acima
                                                              do que é humano no homem.
           Treblinka                                             É isto que viverá para sempre e triunfará”, como também poderia
                                                              ter escrito o filósofo esloveno Slavoj Zizek.
           trutura social do mundo se transformou. Ao longo desses séculos, a
           humanidade deixou para trás as superstições dos alquimistas, o tear
           manual, os mosquetes e as alabardas, o barco à vela e a carruagem
           puxada a cavalo. A humanidade entrou na era dos geradores elétricos
           e das turbinas; na era dos reatores atómicos e das bombas de hidro -
           génio. Ao longo desses séculos, grandes cientistas configuraram um
           novo entendimento do universo: Galileu, Newton...e Rembrandt, Go-
           ethe, Beethoven, Dostoiévski e Tolstói enriqueceram a nossa alma e
           tornaram a vida mais bela.






















                         A. Borges Pires, Santos Pereira, Pires Pereira & Associados, RL



                                               ÁREAS PREFERENCIAIS:
                           DIREITO LABORAL, DIREITO COMERCIAL, DIREITO CIVIL,

                                  CONTENCIOSO CIVIL, LABORAL E COMERCIAL



                                         António Borges Pires: abp@abpa.pt
                                       Henrique Santos Pereira: hsp@abpa.pt

          AMOREIRAS, TORRE 3, 5º PISO, 511, 1070-274 LISBOA | TEL. +351 212 454 262 - FAX: +351 212 454 284





               BOLETIM DA ASSOCIAÇÃO DOS PUPILOS DO EXÉRCITO                                               5
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