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CRóNICAs (cont.)
Estes cortes sistemáticos ao nível dos 3 ramos das frequentou a Escola um certo número de anos. Quantos?
Forças Armadas vão continuar segundo notícias recente- Quatro anos? Cinco anos? Mais? É difícil responder.
mente divulgadas na imprensa Sabemos o entanto que a frequência média foi de
Sem pretender discutir os critérios e a oportunidade cerca de 6 anos por aluno e que apenas pouco mais de
de tais cortes, torna-se no entanto evidente que neste 4.500 (quatro mil e quinhentos) alunos estiveram no IPE
quadro de referência o ingresso nas Forças Armadas não durante quatro ou mais anos.
será muito apelativo pelo que não é de admirar a dimi- Num critério simplista, subjectivo e seguramente mui-
nuição de candidaturas ao ingresso nas academias milita- to discutível consideremos porém que foi este o universo
res nos últimos anos. “pilónico” susceptível de ter sido minimamente alertado
Neste sector de actividade tão pouco é válido o con- para as virtudes da carreira das armas.
vite para “abandonar a zona de conforto”, já que emigrar A questão que se coloca agora é de saber quantos
implicaria deserção… ou mesmo passar para as fileiras do deles abraçaram efectivamente a carreira das armas nestes
inimigo. cem anos de vida dos Pupilos do Exército.
Dito isto, analisemos agora qual foi a comparticipa- Em termos genéricos o quadro global é o seguinte:
ção dos Pupilos do Exército no despertar da vocação Exército 570
militar. Marinha de Guerra 1 10
Ao longo dos seus mais de cem anos de existência Força Aérea 70
passaram pelos Pupilos (incluindo já as admissões deste Soma: 750
ano lectivo 2012/13) cerca de 6.750 (seis mil setecentos Mas também temos que adicionar a este número os
e cinquenta) alunos. 10 oficias da GNR e outros tantos da Polícia, o que tota-
Se tivermos em linha de conta que a grande maioria dos liza 770, representando assim 17% do universo teórico
alunos entrou para os Pupilos de tenra idade, quando ainda acima descrito ou 12% do total de alunos que passaram
não possuíam maturidade suficiente para decidir o seu fu- pelos Pupilos do Exército.
turo (nalguns casos, sobretudo nos primeiros anos da sua É muito? É pouco? Tudo é relativo.
existência, para a Instrução Primária), teremos que admitir Eu digo que é bastante e proponho uma outra questão:
que o despertar vocacional para a carreira das armas (mes- Quantas escolas do país terão um rácio destes para apre-
mo que precoce) só será minimamente aceitável para quem sentar?
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