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AssOCIAÇÃO DOs PuPILOs DO EXÉRCITO
Subimos a vida a pulso e agradecemos ao Estado e de
forma particular ao Exército.
Sabemos o que representou a mobilidade social para
nós e o que representa para a sociedade em que nos in-
serimos: somos «Cidadãos Úteis à Pátria».
A falta de mobilidade social estagna as sociedades e
faz depender o futuro de cada um, do património da fa-
mília. É o regresso ao feudalismo e ao servilismo. Não
queremos isso para os nossos filhos, nem para as crianças
que estão como nós estávamos. Por isso aqui estamos.
Como Cidadãos conscientes, conhecemos bem o que
é a propaganda, a acção psicológica, as campanhas de
comunicação ou de desinformação. A forma como o Exér-
cito foi mais uma vez humilhado na praça pública ao É tempo, para que, como já afirmou – “Nos “actos” a
longo dos últimos dias e o desprezo com que foram tra- assumir deve estar presente um “esforço e espírito de partilha”
tados Oficiais responsáveis pelos EME´s deixou-nos tristes com os variados pares… equacionando os meios humanos e
com a forma como se faz política em Portugal; a libertação materiais, para obtenção dos “objectivos” a que nos propomos
calendarizada de notícias pelos OCS preparando a opinião e pelos quais… somos responsáveis…
publica para um despacho do Sr. Ministro foi de gente Tudo isto esqueceu….
primária que pensa que os ex-alunos, daqueles Estabele- Relativamente à forte procura dos alunos PALOP´s,
cimentos em particular e, os Portugueses, em geral, são estranha-se a demora da tutela em aprovar um projecto
ingénuos e pouco maduros. de cooperação proposto pelas autoridades de um dos
São gente sem alma que nos vem conduzindo para Países Lusófonos, para a implementação de um Instituto
uma sociedade amorfa e insensível. Embora trabalhem no de cariz Técnico – profissional, em tudo semelhante ao
Estado, não conhecem o que é a República, e em vez de dos Pupilos do Exército. O projecto está aprovado, o ter-
usarem a comunicação para informar os Cidadãos, mani- reno está cativo e estruturado, existe financiamento e vai
pulam. O decoro não faz parte do léxico, nem da atitude. haver necessidade de um número considerável de Docen-
A individualidade nomeada para coordenar aquela tes Portugueses. Contudo, há meses que se aguarda uma
Equipa (ex-Ministro da Educação), conseguiu que os seus orientação da tutela para poder ser comunicada aos auto-
pares, sem que tivessem disso consciência, desenvolvessem, res do proposto no estudo.
“sequestrando-os”, um “sindroma” de dependência, per- Informalmente, também sabemos que outro País, ago-
dendo “a visão clara da realidade” quanto à análise e à ra, da costa do Índico, também se prepara para apresentar
proposição de medidas como pressupostos válidos, para a uma proposta, aguardando-se a vinda de uma delegação.
reestruturação dos EMEs, a aprovar. Situação só entendí- Estranha-se o silêncio e a ausência de decisão ou divulga-
vel, numa lógica, mais uma vez, de manipulação. Preten- ção destas propostas.
deu-se que uma figura pública de outra área politica, Nesta hora grave para o País e dos tempos que se
validasse uma solução que a Tutela já tinha anunciado o adivinham é importante os Portugueses conhecerem mais
ano passado, num dos Estabelecimentos, antes mesmo de alguns detalhes, do que está proposto, contrariando os
se fazer o estudo. Princípios da Escola Pública, constitucionalmente definidos:
Não é assim que se faz em Democracia nem que se – O ensino básico é universal, obrigatório e gratuito e
respeita o Estado de Direito ou se faz politica, sobretudo compreende três ciclos sequenciais, sendo o primeiro
“politica de educação”. de quatro anos, o segundo de dois e o terceiro de três;
O tempo é de agregarmos sinergias, para ultrapassar – O ensino secundário é obrigatório e compreende um
os problemas que os «Diplomados Senhores» nos deixaram ciclo de três anos (10.º, 11.º e 12.º anos de escola-
ou não foram capazes de os resolver. Precisamos de solu- ridade).
ções e não dar continuidade a mais esta situação criada, Assumindo, que para os EME´s, após a sua reestrutu-
pelas superdotadas pessoas de sempre, estancando o acto. ração:
Também pensámos, que a Tutela, ao legislar, tivesse em “os custos do externato seriam inteiramente suportados
consideração nas suas decisões, a calamidade social (po- pela propina a pagar pelos alunos no que se refere ao pro-
breza extrema, no dizer de alguns) que se avizinha e é grama curricular, representando as ofertas extracurriculares
inevitável. Saberá, também, que não poderá decidir para abertas aos Encarregados de Educação, cada uma delas com
um Portugal que existia há 3 ou 4 anos, mas para o futu- o respectivo encargo adicional”.
ro, atendendo e tendo em mente, no imediato, a turbu- “caberá ao poder politico definir (…), os apoios a atribuir
lência social interna que se avizinha. aos filhos de militares e de outras forças de segurança, bem
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