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1911 – querer é poder – 2011
pupilos do exército – 100 aNos de eNsiNo e cidadaNia
diana e o navio Gil Eanes, bombardeiam as forças revol- mocrático, foram detidos e, também alguns “elementos”
tosas na Rotunda e marinheiros actuam, pelas ruas da do Jornal O Mundo. A 6 de Novembro “aparecerá” o 1º
Baixa. Os “Revoltosos” pretendem implementar uma “re- manifesto das “Juntas-militares” Pró-monárquicas”, (Gen.
pública nova” e “diminuir” o envolvimento de Portugal, na Jaime Leirão de Castro).
Guerra. A 7 de Janeiro, na “parada triunfal” a Marinha é
“obrigada” a desfilar desarmada o que cria, nas unidades – Greve geral operária de 18 de Novembro de 1918
de marinha, grande descontentamento, levando a amoti- Constituiu num protesto nacional contra a carestia de
narem-se. A 8 de Janeiro, as “peças” do cruzador Vasco da vida, contra a Guerra e, contestando o Governo “sidonista”
Gama abrem fogo, em “duelo” com a artilharia do Castelo por parte dos movimentos operário e sindicalistas-revolu-
de S. Jorge. cionários. Alguns são presos e o “movimento” vai-se defi-
nhando, pelo aparecimento brusco e violento da “gripe
pneumónica”.
Nota. Como já referimos a “República Nova” de Sidónio
Pais, teve o seu epíteto com o seu assassinato, em 14 de De-
zembro de 1918.
Seguiu-se-lhe o governo de Tamagnini Barbosa (35 dias),
a partir de 23 de Dezembro de 1918.
Aclamação do Gen. Sidónio Pais – 1917
Foi dos “levantamentos” mais sangrentos do período
republicano, com 350 mortos e cerca de um milhar de
feridos, só nos combates em Lisboa. São presos e poste-
riormente “deportados” para Moçambique 460 marinheiros.
Os Oficiais de Marinha (Leote e Norton de Matos) que
defenderam o então Governo, foram recolhidos pelo cru-
zador inglês Woodnut e desembarcados em Gibraltar, como
refugiados amigos.
– Revolta “Constitucionalista” de 12 de Outubro de Composição do Gabinete do Governo
1918 – Tipicamente republicano não alinhado ao afonsismo
e ao situacionismo –
No seguimento da tentativa de Golpe militar, aborta-
do de Lamego (descoberta em 28 Set, por Sollari Alegro), – 3ª Insurreição Monárquica de 19 de Janeiro – 13 de
são desencadeadas várias acções em Lisboa, Porto, Coim- Fevereiro de 1919
bra e Évora a 12 de Outubro, sendo intervenientes: o Cor. É estabelecida, numa área do país (indo do Minho, á
Alexandre Mourão e Infantaria 35; em Évora: Estêvão linha do Vouga) a chamada “Monarquia do Norte” em
Pimentel e Cavalaria 5. São “assaltados” o Jornal O Mun- que, os seus mentores – Paiva Couceiro e Junta Gover-
do, sofrendo da mesma sorte, o Clube Democrático “Os nativa – em nome do Rei, revogam toda a legislação re-
Fenianos” e a sede de A Montanha. São feitas 95 prisões. publicana e, restauram a Constituição de 1826. Dura 25
O “estado de sítio” é decretado a 13 de Out. O “Comité dias.
Revolucionário (a 15 Out) assume o comando em Évora,
tendo sido morto o Comandante Militar, o Cor. Pereira o regresso da «Nova república Velha» (1919-1921)
da Silva. Estes acontecimentos (ao que se dizia) estão Na sequência da derrota da Monarquia do Norte –
ligados à “Leva da Morte” ocorrida em Lisboa a 16 de 13Fev1919 – “Traulitânia do Porto” – formou-se um go-
Out onde é “assaltada” uma coluna de centena e meia de verno presidido por José Relvas, com sidonistas e republi-
prisioneiros (na esquina da Rua Victor Cordon, com a do canos e, que juntou, ministros democráticos, evolucionistas,
Ferragial), 7 mortos. Vultos importantes do Partido De- unionistas, um socialista e um independente. A 30 de
Boletim da associação dos PuPilos do exército 45