Page 39 - Boletim APE_221

te e prestigiante para o Ramo; o Ins-
tituto pode estar tranquilo e satisfeito
porque, desses seis mil e tantos alunos
que referiu, temos vultos marcantes
da sociedade portuguesa que são a
melhor prova dum trabalho indiscutí-
vel, de qualidade prestigiante e de
valorização da sociedade portuguesa.
Penso que estes 100 anos não
precisam de justificação, afirmam-se
por si próprios e o reconhecimento
disso mesmo está no número de per-
sonalidades que aceitaram participar
na Comissão de Honra das Comemo-
rações do Centenário. A presença do
Senhor Presidente da República, nes-
ta cerimónia, é também o reconheci-
mento do trabalho altamente meritó-
rio desenvolvido pelo Instituto. concluíram a sua formação, no mer- associações e professores, criando uma
cado de trabalho e o reconhecimento dinâmica que não possa ser travada
Boletim – Todos os dias consta- da sua capacidade. por vontades arbitrárias.
tamos que a sociedade Portuguesa Julgo que todas as formas organi-
tem uma grande carência de Técni- Boletim – No conceito e na per- zativas são possíveis, assim como todas
cos competentes e de Quadros que secução dos objectivos de raciona- as articulações; a questão que se co-
liderem pelo exemplo, como os que lização de meios, de reforço da loca aqui é saber se, enveredando por
são formados nos Pupilos. eficácia no ensino dos 3 EME (CM, experiências, o produto final continua
O Exército continua a estar cons- IO e IPE) quer no aprofundamento a ser o mesmo ou será diferente.
ciente do serviço que presta ao País da cooperação e da inter-responsa-
e do imperativo de manter este tipo bilidade, no campo de ensino dife- Boletim – Tendo em conta as
de escolas? renciado, que constitui um objectivo Portarias reguladoras (545/80, de
nas Forças Armadas, quer no âmbi- 26Ago; 872/81, de 29Set; 774/86,
Gen. CEME – A resposta já foi to do apoio e acção social à Família de 31Dez e, outras), quer quanto ao
dada pelo comando do Exército, em Militar e á sociedade civil, em geral. número de admissão aos EME, quer
2006 e 2007. Achámos que era im- Vê como possível, a integração, quanto ao valor das mensalidades
portante manter os Pupilos do Exér- daqueles Estabelecimentos, no por aluno, a considerar, face às
cito e dar-lhe uma vocação indiscutí- MDN? Tabelas.
vel, que tem muito a ver com as raízes A – Poderão ou não, os filhos
da sua formação. Gen. CEME – É sempre uma per- dos ex-alunos dos EME, vir a inte-
Pessoalmente, o actual CEME acha gunta complexa; as características do grar uma nova alínea c) ? No “1º
que sim e está à vontade para o fazer Instituto, do Instituto de Odivelas e Subgrupo” criado no âmbito do Art.º
e dizer porque não é “pilão”; é por- do Colégio Militar, decorrem da sua 16º 1 – C. al. 2, da Portaria /80, de
tanto o reconhecimento absoluto, situação particular e são aquilo que 26 Agosto? (Discriminação positiva
aferido e isento, daquilo que é o de- são hoje, porque vivem desta maneira – para uma nova “situação” quanto
sempenho do Instituto, ao longo e porque não há dúvidas quanto ao às admissões aos EME).
destas dez décadas, do seu trabalho e futuro, em relação ao seu funciona- B – Poderá, aos filhos dos ex-
das suas potencialidades. mento. alunos dos EME, aplicar-se o dis-
O Exército não tem dúvidas e só Quando o projecto é válido, que posto no Artº 1º nº1, da Portaria
tem um desejo: melhorar a qualidade serve a comunidade, que serve a so- 872/81 de 29 Set.?. (Redefinição do
do ensino, aumentar o universo de ciedade duma forma eficaz e compe- valor das ”capitações” por aluno)
formandos e ter, cada vez mais, uma tente e quando o produto final é de- Qual o entendimento do GEN CEME?
afirmação maior, junto da sociedade vidamente reconhecido, deve ser
portuguesa, através do produto final sustentado pelo próprio estabeleci- Gen. CEME – São situações de
que é a colocação dos seus alunos, que mento, pelos seus alunos, e pelas suas certo modo recentes, foram-me trans-

Boletim da associação dos PuPilos do exército 37