Page 35 - Boletim APE_221
P. 35
sa continuar e é desejável que isso no Básico (2.º e 3.º ciclos) e o Ensi- carreira militar, como o exemplo da
aconteça. Nos cargos de direcção en- no Secundário, dos cursos profissio- carreira de sargentos e isso continua
tendemos que se deve privilegiar nais e, encontrando-se em fase de no nosso espírito.
pessoal no activo e manter uma dinâ- implementação os Cursos de Espe- Quando falamos na Aeronáutica
mica de actuação ligada à própria cialização Tecnológica (CET) de Nível estamos a referir os sistemas de armas
afirmação e realização do oficial; é IV (Pós-Secundário). que no futuro o Exército disporá,
importante para o rendimento, para a Qual o entendimento da Tutela como será o caso dos helicópteros, mas
promoção e para a vivência do próprio – Gen. CEME – em que, num futuro queremos ir além disso.
Instituto. Isto também é verdadeiro em próximo possam vir a ser conside- Os contactos já foram feitos pelo
relação aos professores, há que fazer rados, para as várias áreas curri- anterior Director, no sentido duma
um esforço entre a permanência e a culares no âmbito do “Processo de participação efectiva, quer das empre-
normal gestão de carreiras. Bolonha”, os Cursos Superiores sas na formação, quer da participação
Em relação ao pessoal civil a ques- Politécnicos? dos nossos alunos em estágios profis-
tão é diferente; podemos e devemos sionalizantes, quer a própria possibi-
apostar na estabilidade e levando aos Gen. CEME – O que está a ser lidade de dar formação, pós graduada
limites, aquilo que é possível. estudado duma forma muito concreta nessas áreas, a funcionários dessas
No pessoal auxiliar, administrativo é a adequação destes cursos ao mer- mesmas grandes empresas, através do
e vigilante, temos uma situação idên- cado de trabalho e já referi que o reconhecimento da capacidade forma-
tica: realizámos recentemente um Conselho Estratégico pode envolver, tiva do Instituto.
concurso de pessoal, mas não preen- não só a Associação Industrial Portu- Este é um processo que tem exi-
chemos todas as vagas porque os guesa como também empresas de gências em termos de massa crítica,
candidatos não permitiram que isso renome, com a possibilidade de virem quer dos formadores, quer dos pró-
acontecesse. Continuamos apostados a facultar estágios profissionalizantes prios meios de formação, para que essa
em manter este tipo de acção, para no final da formação e contribuírem ligação possa ser feita com uma par-
que a estrutura de apoio e funciona- na definição dos currículos, que res- ticipação muito efectiva por parte das
mento do Instituto seja mantida – é pondam às exigências do mercado de empresas. Julgo que estamos a tocar
um objectivo do Exército garantir que trabalho. no ponto crucial da questão que co-
a estrutura civil do Instituto tenha Foram inclusive de certo modo já locou, que é a oferta formativa do
estabilidade. definidas áreas de esforço, por exemplo, Instituto e a colocação dos seus alunos,
a Aeronáutica, uma área onde conti- dos seus formandos, no mercado de
Boletim – Considerando a actual nuamos a pugnar na formação futura trabalho, na linha daquilo que foi a
alteração curricular do Instituto – e também de quadros para o Exército. tradição do Instituto.
reestruturação de 2008/2009 – onde No passado houve essa relação O Instituto sempre teve essa vo-
passaram a ser ministrados o Ensi- entre a formação no Instituto e a cação de formar técnicos para suprir
Boletim da associação dos PuPilos do exército 33