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DA APE








                            PublICAçãO DO lIvRO “CARTA DE FORAl DE 1510
                                            DA vIlA DO ROSmANINhAl”

               o passado dia 29 de Maio, decorreu no Rosmani-     quencial:  (a)  Fo-
           Nnhal,  a  apresentação  pública  do  livro  “Carta  de  ros  e  Forais  (Fo-
           Foral de 1510 da Vila do Rosmaninhal”, da autoria do  rais  versus  cen-
           ex-aluno 229/64 José António Santos Pinheirinho, o  tralização do po-
           “Tubarão”.                                             der real; Da atri-
              Esta  cerimónia  foi  presidida  pelo  presidente  da  buição à extinção
           Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e decorreu no  dos forais; Forais
           interior de uma bonita tenda medieval, montada no  velhos  ou  anti-
           recinto de festas, repleta de gente interessada, onde  gos; Forais novos
           não faltaram familiares e amigos, alguns vindos de  ou  Manuelinos;
                            bem  longe  para  assistirem  à  ceri-  (b) Descrição Co-
                            mónia.                                dicológica do Fo-
                               A  povoação  do  Rosmaninhal,  ral  do  Rosmani-
                            sede  da  freguesia  com  o  mesmo  nhal  (Caracteri-
                            nome,  integra  o  concelho  de  Ida-  zação  do  Foral;
                            nha-a-Nova, no distrito de Castelo  Iluminura do Fo-
                            de Branco. É uma janela aberta para  ral;    Descrição
                            o Parque Natural do Tejo Interna-     Codicológica
                            cional, assumindo-se como uma lo-     propriamente              O autor no uso da palavra
                            calidade  muito  típica  e  tranquila,  dita);  (c)  Transcri-
          Joaquim Pinheiro  continuando a respirar muitas das  ção do Foral do Rosmaninhal (Critérios de Transcri-
                 (1959.0155)  vivências e tradições consolidadas  ção; Transcrição do Foral em português actual); (d)
                            ao longo dos séculos.                 Posturas da Câmara; (e) Estudo do Foral do Rosmani-
              A pretexto da comemoração do 500.º aniversário  nhal (Administração da Justiça; Categorias dos fun-
           sobre a atribuição do “Foral Manuelino do Rosmani-     cionários; Homens-bons; Unidades monetárias; De-
           nhal”,  o  autor  debruçou-se  amorosamente  sobre  as  terminações  contidas  no  foral;  Economia  local);  (f)
           suas origens, concebendo uma interessante trabalho  Interpretação dos termos usados no Foral; (g) Fac-si-
           literário que visa uma análise e descrição desse docu-  mile da Carta de Foral de 1510 da Vila do Rosmani-
           mento como fonte histórica importante, permitindo-     nhal; (g) Memórias Foraleiras e Populares (Largo do
           nos  perceber  como  viveram  os  seus  antepassados,  Curral do Concelho; O Sítio da Forca); (h) Glossário
           comparando o seu modo de viver e a sua filosofia de  (indispensável para se perceber o significado dos ter-
           vida com a maneira como hoje vivemos.                  mos  antigos);  (i)  O  Manuelino  na  Vila  (Pelourinho;
              Como elemento simbólico na construção da identi-    Símbolos  heráldicos;  Pinturas  luso-flamengas  da
           dade da comunidade local, através do foral sentimos  igreja paroquial).
           o fervilhar do povo anónimo na ânsia de viver me-         A obra, cuja capa é a imitação da encadernação,
           lhor, com as suas dificuldades e com as privações cor-  em carneira, do exemplar único manuelino, é subs-
           respondentes a uma tecnologia primitiva e pouco se-    tancialmente conseguida nos pormenores explicati-
           gura, mas capaz para a época.                          vos e na amplitude dos temas locais, passando a ser
              Está  de  parabéns  o  autor,  cujo  labor  é  digno  de  uma  referência  incontornável  para  a  história  desta
           apreço, ao conceber um livro de forma muito didácti-   região serrana, na verdade portuguesa da sua auten-
           ca, de leitura e entendimento acessíveis, quer a leigos  ticidade e afirmação.
           quer a eruditos.                                          Parabéns ao autor, aos patrocinadores locais e bom
              A obra tem um número total de 176 páginas e é for-  proveito  para  todos  os  seus  conterrâneos  e  leitores
           mada por dez capítulos, devidamente identificados e  em geral.
           ordenados  segundo  o  critério  do  autor.  O  texto  é   Os interessados podem adquirir o livro na sede da
           acompanhado de fotografias a cores e a preto e bran-   APE, pelo preço de 10 €.
           co. Vou elencar-vos os temas do livro, por ordem se-
















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