Page 36 - Boletim APE_218
P. 36
DA APE
PublICAçãO DO lIvRO “CARTA DE FORAl DE 1510
DA vIlA DO ROSmANINhAl”
o passado dia 29 de Maio, decorreu no Rosmani- quencial: (a) Fo-
Nnhal, a apresentação pública do livro “Carta de ros e Forais (Fo-
Foral de 1510 da Vila do Rosmaninhal”, da autoria do rais versus cen-
ex-aluno 229/64 José António Santos Pinheirinho, o tralização do po-
“Tubarão”. der real; Da atri-
Esta cerimónia foi presidida pelo presidente da buição à extinção
Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e decorreu no dos forais; Forais
interior de uma bonita tenda medieval, montada no velhos ou anti-
recinto de festas, repleta de gente interessada, onde gos; Forais novos
não faltaram familiares e amigos, alguns vindos de ou Manuelinos;
bem longe para assistirem à ceri- (b) Descrição Co-
mónia. dicológica do Fo-
A povoação do Rosmaninhal, ral do Rosmani-
sede da freguesia com o mesmo nhal (Caracteri-
nome, integra o concelho de Ida- zação do Foral;
nha-a-Nova, no distrito de Castelo Iluminura do Fo-
de Branco. É uma janela aberta para ral; Descrição
o Parque Natural do Tejo Interna- Codicológica
cional, assumindo-se como uma lo- propriamente O autor no uso da palavra
calidade muito típica e tranquila, dita); (c) Transcri-
Joaquim Pinheiro continuando a respirar muitas das ção do Foral do Rosmaninhal (Critérios de Transcri-
(1959.0155) vivências e tradições consolidadas ção; Transcrição do Foral em português actual); (d)
ao longo dos séculos. Posturas da Câmara; (e) Estudo do Foral do Rosmani-
A pretexto da comemoração do 500.º aniversário nhal (Administração da Justiça; Categorias dos fun-
sobre a atribuição do “Foral Manuelino do Rosmani- cionários; Homens-bons; Unidades monetárias; De-
nhal”, o autor debruçou-se amorosamente sobre as terminações contidas no foral; Economia local); (f)
suas origens, concebendo uma interessante trabalho Interpretação dos termos usados no Foral; (g) Fac-si-
literário que visa uma análise e descrição desse docu- mile da Carta de Foral de 1510 da Vila do Rosmani-
mento como fonte histórica importante, permitindo- nhal; (g) Memórias Foraleiras e Populares (Largo do
nos perceber como viveram os seus antepassados, Curral do Concelho; O Sítio da Forca); (h) Glossário
comparando o seu modo de viver e a sua filosofia de (indispensável para se perceber o significado dos ter-
vida com a maneira como hoje vivemos. mos antigos); (i) O Manuelino na Vila (Pelourinho;
Como elemento simbólico na construção da identi- Símbolos heráldicos; Pinturas luso-flamengas da
dade da comunidade local, através do foral sentimos igreja paroquial).
o fervilhar do povo anónimo na ânsia de viver me- A obra, cuja capa é a imitação da encadernação,
lhor, com as suas dificuldades e com as privações cor- em carneira, do exemplar único manuelino, é subs-
respondentes a uma tecnologia primitiva e pouco se- tancialmente conseguida nos pormenores explicati-
gura, mas capaz para a época. vos e na amplitude dos temas locais, passando a ser
Está de parabéns o autor, cujo labor é digno de uma referência incontornável para a história desta
apreço, ao conceber um livro de forma muito didácti- região serrana, na verdade portuguesa da sua auten-
ca, de leitura e entendimento acessíveis, quer a leigos ticidade e afirmação.
quer a eruditos. Parabéns ao autor, aos patrocinadores locais e bom
A obra tem um número total de 176 páginas e é for- proveito para todos os seus conterrâneos e leitores
mada por dez capítulos, devidamente identificados e em geral.
ordenados segundo o critério do autor. O texto é Os interessados podem adquirir o livro na sede da
acompanhado de fotografias a cores e a preto e bran- APE, pelo preço de 10 €.
co. Vou elencar-vos os temas do livro, por ordem se-
34 | Associação dos Pupilos do Exército Associação dos Pupilos do Exército | 35
Revista Pupilos 218.indd 35 10/11/08 14:18:56