Page 32 - Boletim APE_218
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DA APE








                                                      Em mEmóRIA
                                     AuGuSTO mARTINS DIAS (1929.0077)


                 caminho dos bem-vindos 93 anos de idade (nas-
             A cera  em  Janeiro  de  1918)  o  nosso  magnífico  e
             inesquecível  Augusto  Dias  deixou-nos  naquela
             acinzentada manhã de 7 de Setembro p.p.
                Não fugimos à corriqueira banalidade de dizer
             que ficámos todos mais pobres. A Família, a Socie-
             dade, os seus muitos amigos, a A.P.E e o seu muito
             querido “Pilão”, onde permaneceu a muito bom ní-
             vel, de 1929 a 1939, o “77” de uma assinalável gera-
             ção.
               Muito  debilitado,  desde  há  pouco  mais  de  um
             ano, o sempre “jovem” veterano Augusto não resis-
             tiu a múltiplas afectações e deu-nos o desgosto de
             deixar este mundo, na casa de Repouso de Vale de
             Lobos (Belas), onde o visitámos há um mês, fazendo
             “equipa” com o “Zé” Lencastre que lhe chamava, ca-
             rinhosamente, Pai.
               Convivemos bem, tirámos fotos, fizemo-lo sorrir    dará a suportar melhor o desgosto da sua au-
             e testemunhámos a força da sua extraordinária me-    sência física porque, em próximos números do “Bo-
             mória,  ao  serviço  de  uma  devoção  “pilónica”  que   letim”,  publicaremos  valiosos  textos  que  suscita-
             nunca teve limites.                                  ram  sempre  invulgar  interesse  e  repetidos  aplau-
               A bom tempo, o nosso Augusto gizara, com a mi-     sos.
             núcia que o caracterizava, o plano geral comemora-      Este  “Boletim”  estava  praticamente  concluído
             tivo dos 100 anos do Instituto, na óptica da A.P.E. E   quando Augusto Dias se despediu de todos nós. Por
             tanto que o Augusto ansiava viver esta data festiva,   isso ficamos, por agora, aquém das homenagens a
             em Maio de 2011.                                     que fez jus. Mas temos tempo de sobra para falar e
                                                                  recordar Augusto Dias.
                   Augusto Martins Dias (1929.0077)                  Por mim reajo à profunda mágoa do seu desapa-
                   Nascido em Lisboa, a 31/I/1918, Engº           recimento  do  nosso  habitual  convívio  e  quero  re-
                Técnico(C:OP.M),  diplomado  em  1939,            cordá-lo positivamente, de taça erguida, a dizer Sal-
                pai de Maria Helena e de Carlos, avô de 4         vé! Salvé! Salvé!, de sorriso aberto a uma boa piada
                netos e bisavô de 6 jovens, dos 3 anos aos 11     que lhe contei, de lágrima ao canto do olho e a ento-
                anos de idade                                     ar o hino do Instituto com indisfarçável regozijo por
                   Barretina de Honra da APE, Sócio de ele-       cada número editado deste Boletim.
                vado nível da Associação que tanto ajudou e          É assim que vou continuar o alargado convívio
                enalteceu, Editor Emérito do “Boletim” re-        com o Augusto Dias. Até que nos reencontremos, de
                cordista  de  amigos  e  apreciadores.  Faleceu   novo, onde Deus quiser.
                na manhã sombria de 7/IX/2010. Paz à sua                                             David Sequerra
                alma.

               Cá estaremos, todos os seus amigos, a tentar fa-
             zer-lhe as vontades. Onde quer que esteja, o Augus-
             to Dias vai sentir o júbilo com que sonhou pensan-
             do no Centenário. Ninguém esquecerá a sua excelsa
             figura de Homem de bem e “piloníssimo” de primei-
             ra água.
               Mentor  do  “Boletim”  na  fase  histórica  da  sua
             evolução, desde os finais do século XX, Editor Emé-
             rito até à presente edição, membro do Conselho Ge-
             ral da APE, exemplo flagrante de profundo amor a
             uma  nobre  causa,  Augusto  Dias  mereceu  ampla-
             mente o destaque de ser “Barretina de Honra” e dei-
             xou-nos material de escrita e fotografia que nos aju-



 30 | Associação dos Pupilos do Exército                                                   Associação dos Pupilos do Exército | 31



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