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DA APE
Em mEmóRIA
AuGuSTO mARTINS DIAS (1929.0077)
caminho dos bem-vindos 93 anos de idade (nas-
A cera em Janeiro de 1918) o nosso magnífico e
inesquecível Augusto Dias deixou-nos naquela
acinzentada manhã de 7 de Setembro p.p.
Não fugimos à corriqueira banalidade de dizer
que ficámos todos mais pobres. A Família, a Socie-
dade, os seus muitos amigos, a A.P.E e o seu muito
querido “Pilão”, onde permaneceu a muito bom ní-
vel, de 1929 a 1939, o “77” de uma assinalável gera-
ção.
Muito debilitado, desde há pouco mais de um
ano, o sempre “jovem” veterano Augusto não resis-
tiu a múltiplas afectações e deu-nos o desgosto de
deixar este mundo, na casa de Repouso de Vale de
Lobos (Belas), onde o visitámos há um mês, fazendo
“equipa” com o “Zé” Lencastre que lhe chamava, ca-
rinhosamente, Pai.
Convivemos bem, tirámos fotos, fizemo-lo sorrir dará a suportar melhor o desgosto da sua au-
e testemunhámos a força da sua extraordinária me- sência física porque, em próximos números do “Bo-
mória, ao serviço de uma devoção “pilónica” que letim”, publicaremos valiosos textos que suscita-
nunca teve limites. ram sempre invulgar interesse e repetidos aplau-
A bom tempo, o nosso Augusto gizara, com a mi- sos.
núcia que o caracterizava, o plano geral comemora- Este “Boletim” estava praticamente concluído
tivo dos 100 anos do Instituto, na óptica da A.P.E. E quando Augusto Dias se despediu de todos nós. Por
tanto que o Augusto ansiava viver esta data festiva, isso ficamos, por agora, aquém das homenagens a
em Maio de 2011. que fez jus. Mas temos tempo de sobra para falar e
recordar Augusto Dias.
Augusto Martins Dias (1929.0077) Por mim reajo à profunda mágoa do seu desapa-
Nascido em Lisboa, a 31/I/1918, Engº recimento do nosso habitual convívio e quero re-
Técnico(C:OP.M), diplomado em 1939, cordá-lo positivamente, de taça erguida, a dizer Sal-
pai de Maria Helena e de Carlos, avô de 4 vé! Salvé! Salvé!, de sorriso aberto a uma boa piada
netos e bisavô de 6 jovens, dos 3 anos aos 11 que lhe contei, de lágrima ao canto do olho e a ento-
anos de idade ar o hino do Instituto com indisfarçável regozijo por
Barretina de Honra da APE, Sócio de ele- cada número editado deste Boletim.
vado nível da Associação que tanto ajudou e É assim que vou continuar o alargado convívio
enalteceu, Editor Emérito do “Boletim” re- com o Augusto Dias. Até que nos reencontremos, de
cordista de amigos e apreciadores. Faleceu novo, onde Deus quiser.
na manhã sombria de 7/IX/2010. Paz à sua David Sequerra
alma.
Cá estaremos, todos os seus amigos, a tentar fa-
zer-lhe as vontades. Onde quer que esteja, o Augus-
to Dias vai sentir o júbilo com que sonhou pensan-
do no Centenário. Ninguém esquecerá a sua excelsa
figura de Homem de bem e “piloníssimo” de primei-
ra água.
Mentor do “Boletim” na fase histórica da sua
evolução, desde os finais do século XX, Editor Emé-
rito até à presente edição, membro do Conselho Ge-
ral da APE, exemplo flagrante de profundo amor a
uma nobre causa, Augusto Dias mereceu ampla-
mente o destaque de ser “Barretina de Honra” e dei-
xou-nos material de escrita e fotografia que nos aju-
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