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INsTITuTO DOs PuPILOs DO EXÉRcITO
Admissões – Ano lectivo 2012/13
Um Marco histórico
Para assinalar o número muito significativo de admis- de saúde e académicos e ajuda a esclarecer a família para
sões, para o ano lectivo que agora se inicia, a Redacção do que opte em liberdade.
Boletim da APE foi recebida pelo Subdirector do Institu- Estas 4 provas e a entrevista, vão reunir uma série de
to, Exmo. Senhor Coronel João Miranda Soares, com quem informações que depois, dentro de determinados parâme-
teve a agradável conversa que aqui transcrevemos: tros, permitem a triagem.
Devemos ter tido entre 170 e 200 pessoas que con-
tactaram os serviços, realizámos perto de 150 entrevistas
Redução das Mensalidades e vão entrar muito perto de 100 alunos.
A qualidade dos candidatos é mais notória, curiosa-
Com os dados obtidos pelo ex-aluno Dr. Ribeiro da mente, no 5º ano onde vamos ter perto de 30 alunos. Na
Silva, que fez um trabalho notável, na secretaria de ad- primeira fase do concurso, 66% dos alunos tinham um
missões, este é o 3º ano da história do Instituto em que perfil cognitivo, acima da média, estou convencido que
entram mais alunos, o máximo foi atingido em 1929 com vamos ter um excelente 5º ano, há um ou outro aluno
116 alunos, curiosamente no ano anterior não tinha havi- mais fraco, também não estamos a fazer nenhuma corrida
do concurso de admissões, e em 1976 o número chegou de fórmula 1 ou preocupados com o ranking. Há proble-
aos 103. mas, às vezes, de ordem humana e social que também
Este ano com 94 alunos verifica-se uma alteração ra- temos que atender.
dical no que era o quantitativo de admissões.
Creio que o trabalho que o Senhor General Director
desenvolveu, ao longo dos últimos 4 anos, começa agora Integração dos novos alunos no
a dar os seus frutos. Houve, efectivamente, muita coisa Batalhão Escolar
que mudou nos Pupilos, é notório, sobre todos aspectos,
nomeadamente em termos académicos, relacionais e dis- Os novos alunos têm uma semana de adaptação, sem
ciplinares. aulas, os graduados só entram numa fase final, para dar
Nos últimos anos, sentíamos que o que podíamos
oferecer não estava de acordo com o número de alunos uma instrução ou outra, a grande parte das instruções é
que entravam, as pessoas identificavam-se com o projecto, dada pelos oficiais do Corpo de Alunos.
mas não tinham capacidade financeira. Calendarizámos as cerimónias, no início do ano lectivo,
Não foi fácil reduzir as mensalidades, o Senhor Gene- para atenuar a dificuldade de adaptação, é nessa altura que
ral Director teve um papel determinante e, em boa hora, o miúdo vem acima, percebe a mística dos Pupilos e os
a estrutura superior do Exército, já com o seu actual Ge- valores e se começa a identificar com o Instituto.
neral Chefe de Estado-Maior do Exército e Comandante Em Setembro há a cerimónia de imposição das insígnias
de Instrução e Doutrina, entendeu que o país deve apos- aos novos graduados, seguida de outra, também de bas-
tar no apoio social.
Provas, critérios de selecção, grau de
exigência, total de alunos admitidos,
candidatos excluídos e desistentes
Em relação às provas e aos critérios de selecção, temos
uma prova de Português, uma de Matemática, um teste
psicotécnico, uma prova física e uma prova médica e,
antes de tudo isto, uma entrevista preliminar com o En-
carregado de Educação, com o Candidato ou a Candidata
e com Comandante do Corpo de Alunos. Esta entrevista
é muito importante pois permite-nos conhecer o perfil do
candidato, as suas capacidades e especificidades, em termos
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