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INsTITuTO DOs PuPILOs DO EXÉRcITO
A República, O Instituto, As Tutelas &
Os Tutelados … (V)
III – Os Pupilos do Exército 1911…1926 –
MANUEL B. CORREIA
19470332 A “Guerra Civil-Intermitente” (1921-1925…1936)
Os “Pupilos do Exército” – 1911/1926 No período, os “pupilos” conheceram para além dos
Oficiais que constituíram a “Comissão instaladora” – 1910,
No decorrer deste quarto de século, o Instituto foi e do seu 1º Director, mais 5 Oficiais superiores, naquelas
consolidando o seu projecto pedagógico, com os seus funções:
docentes – professores e mestres, a simbologia formal e O Cor. Infª. CEM João Ortigão Peres; Maj. CEM Tas-
representativa, pela vivência dos Alunos no internato, dos so de Miranda Cabral; TCor. Infª CEM José Estêvão Águas;
seus símbolos: o “busto” da República; o Fundador; o seu Cor. Infª António E. Romeiras Macedo e Cor. CEM Fer-
Patrono, as suas Armas representativas; as divisas e gritos nando Augusto Ferreira.
d´Ármas, o Hino; os seu Códigos d´Honra da Escola e dos Como docentes, o grande pedagogo e educador Pro-
Alunos, os símbolos representativos – externos – o Estan- fessor Viana de Lemos, os professores Tasso de Miranda
darte Nacional; a Barretina; os Uniformes (importantes, Cabral e Augusto Pereira Salles, o musicólogo Lopes Pin-
às varia gerações); as Tradições Pilónicas; o Património to; na ginástica o Ten. Furtado Coelho e, com os instru-
Histórico: a 1ª Secção – o Internato e o Convento; a 2ª tores militares Ten´s Theotónio Martins e Almeida da
secção – as Aulas, Laboratórios, Oficinas e Parque Despor- Costa Pereira, entre outros. Como Regentes os Ten´s
tivo; a Vida académica e militar; a “Imposição de Insígnias Victorino de Carvalho Guimarães e Liberato Ribeiro
aos Graduados”; o Comando na Juventude – Ética e Li- Pinto, sendo o médico, o Ten. Rodrigues da Cruz.
derança; o Comando dos “Graduados”; os “Laços dos Fi- Dos “QO” de pessoal, do Instituto, constavam as se-
nalistas”; Os “exercícios” e, ou “actividades” militares – guintes funções (20 Oficiais) – Dois Regentes, Medico,
Acampamentos Finais; As “récitas, festas e bailes” dos Provisor, Chefe de Secretaria, Professor de Música e Can-
Novos Alunos, do Carnaval e dos Finalistas; dos “Pilões” to, Professor de Ginástica, Dois Instrutores militares,
de referência, o Instituto e a Associação de Antigos-Alunos. Capelão, Dois Professores do Ensino complementar, cinco
Itens que nos moldaram na juventude com Pilões – reer- do Ensino primário superior e Dois como Professores
guendo capacidades, delineando o carácter, fundindo provisórios. Muitos destes Oficiais/Professores transitaram
princípios de verdade, de camaradagem e de tolerância, da “Comissão Instaladora” para a Direcção e Corpo Do-
criando em nós o alento do Trabalho e do Sonho, que cente do Instituto.
expressamos bem alto, no nosso grito de “Querer é Poder”. De referir que, no ano lectivo de 1928/29 não houve
admissão de candidatos, a Alunos. Em Março desse ano, é
eleito Presidente da República o General Carmona e,
entra em governação o 99º Governo (a 18 de Abrir),
tendo como presidente do executivo José Vicente de
Freitas e, na pasta da Instrução Pública, o Engº Duarte
Pacheco, que seria substituído por Gustavo Cordeiro Ra-
mos, na remodelação de 10 de Novembro. Anunciavam-se
as “medidas de salvação pública e de concentração de servi-
ços” a instituir pelo novo ministro das finanças – Oliveira
Salazar. No ano seguinte (1929) entraram para o Institu-
to 128 Alunos.
Após 25 anos da sua Fundação, tinham feito a admis-
são ao Instituto 1.343 Alunos. Tendo por razões diver-
sas – termo da formação/curso ou outras – saído 995
alunos. O universo escolar do Instituto em 1936, teria,
nas duas Secções – Companhias de Alunos, 348 alunos,
efectivos. Neste ano saíram 60 Alunos e, o “pilão” com
Exercícios de campo – 1912
Exercícios de campo – 1912 o ”nº mais alto-370”, dava pelo nome de António Manuel
32 | Boletim da Associação dos P upilos do Exército
32 | Boletim da Associação dos Pupilos do Exército