Page 32 - Boletim APE_226
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AssOcIAÇÃO DOs PuPILOs DO EXÉRcITO
João Pedro Atalaia Padinha Com muito apreço e amizade fomos acompanhando
(19440231) a sua carreira, sabendo do seu apego ao “Pilão” e do orgu-
lho da caminhada profissional do seu filho.
Que diferença enorme entre aquele menino franzino
Aos 79 anos de idade,
após uma boa carreira no e recatado que fazia aviões de giz e o Homem notável que
âmbito da Engenharia Civil fez história na T.A.P…
(C.O.P.M) deixou-nos nos Lembramo-lo hoje com muita mágoa e saudade. E
primórdios do Verão o tenho pena, muita pena, de não ter podido despedir-me
de ti condignamente meu caro Gouveia da Cunha!
Padinha “231”, pré-finalista
em 1952 e uma das vítimas
do triste reforma que nesse David Sequerra | 19430333
ano anulou o prossegui-
mento lógico dos Cursos
Médios de Engenharia. Gilberto do Rosário Frederico de
Assim, em 1952/53, o João Padinha veio acabar o seu Albuquerque
curso fora do Instituto, encetando de seguida uma boa (19540083)
carreira profissional, nomeadamente nos serviços técnicos
da Câmara Municipal de Cascais Há muito tempo que o Faleceu no dia 8 de
não víamos, dado que o Padinha não aparecia nas sessões Julho o “pilão” Gilberto
de convívio da APE. E o abraço que lhe queríamos dar Albuquerque que entrou
fica para mais tarde, sabe Deus quando….
para o Instituto em 1954 e
completou o curso de Rá-
dio montador em 1962.
A. C. Gouveia da Cunha Após terminar o curso
(19490266) ingressou no Exército como
2º Sargento Rádio monta-
Menos um “pilão” na dor tendo pouco tempo
belíssima colecção da APE: depois sido mobilizado em
O Gouveia da Cunha, comissão de serviço em
“puto” franzino e taciturno Moçambique.
de 1949, notável persona- Após o regresso a Por-
gem da Aviação Portuguesa tugal passou à disponibili-
ao longo de várias décadas. dade e iniciou uma carreira
Neste mesmo Boletim, de mais de 30 anos ao ser-
há largos anos que já nem viço da Rádio Marconi.
sei precisar, evoquei o meu Herdou a mesma alcu-
primeiro contacto com um nha do seu irmão “Carraça”.
muito especial aluno novo Eramos do mesmo cur-
de 1949. Relembrei-o na parada, a um canto, isolado e so, saímos na mesma altura
muito atento à tarefa de fazer aviõezinhos de madeira e do “Pilão”, embarcámos juntos para Moçambique, estive-
do “Pilão”, embarcámos juntos para Moçambique, estive-
giz, corolário da sua grande paixão desde a infância – a mos durante os dois anos e meio, na mesma zona, regres-
Aviação. sámos também na mesma altura, conheceu a sua esposa
Apanhado também pela lamentável reforma pedagó- no meu casamento e aparecia sempre que podia, excepto
gica dos anos 50, seguiu rumo militar, como 2º Sargento, no último ano e meio em que esteve doente, nos convívios
aos 17 anos de idade. Mas não parou de sonhar e de se e tertúlias de “pilões” que costumo organizar.
distinguir, acumulando sucessos profissionais como verda- Por todos estes motivos e pela amizade que mantínha-
deiro superdotado para os domínios da Aviação. mos, vou sentir muito a sua falta.
Em sucessivos cursos marcou indelével posição mas Era irmão do também “pilão” Carlos Albuquerque
logo pôde deixar a vida militar e ingressar na Aviação (19490219).
Civil, na T.A.P., muito jovem e já muito prestigiado. Ao Carlos e toda a família apresentamos as mais sen-
E nunca mais parou na senda de coleccionador de tidas condolências.
sucessos, chegando cedo a Comandante e também Instru-
tor principal de novos pilotos. Fernando B. Pires ! 19550275
30 | Boletim da Associação dos P upilos do Exército
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