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Viagens   VIAgEM À INDIA – 16 A 26 DE ABRIL
 & Lazer

 ORGANIzADA PElA APE

 Dia  16  Sexta-feira:  5  horas  da   de  gente,  carros,  bicicletas,  motas,   Mahal.  A  construção  deste  monu-  tem  bem  como  as  castas).  Jaipur  é   que  ouviu  falar  português  dirigiu-  a  Portugal  onde,  durante  muitos
 madrugada.  O  espaço  aéreo  de   vacas, camelos, macacos e outros; to-  mento  esplendoroso  teve  início  em   uma  cidade  de  palácios  entre  os   se-nos e entre o muito que falou, dis-  dias,  ainda  perduraram  os  cheiros
 Frankfurt está interdito à aviação em   dos a caminhar para a direita e para   1653 e durou 21 anos. É, realmente,   quais o Palácio da Cidade, antiga re-  se: eu assisti à invasão de Goa pelos   da Índia.
 consequência  da  actividade  de  um   a esquerda, conforme lhes convinha!   uma  maravilha  este  monumento   sidência  real  dos  marajás  que  é  de   indianos em 19 de Dezembro de 1961;   Temos a acrescentar que a viagem
 vulcão na Islândia. As representan-  Para nós, ocidentais, é um caos. Para   construído totalmente em mármore,   um esplendor realmente inimaginá-  eu fiz o 5º ano em escolas portugue-  foi muito bem organizada, os hotéis
 tes  da  agência  de  viagens  Geostar   eles está tudo bem! É uma filosofia   rodeado  de  um  jardim  persa,  com   vel. Jaipur é, na verdade, uma verda-  sas; eu sou indiano porque me obri-  foram  todos  muito  bons,  especial-
 desdobram-se em diligências e con-  de vida.                                                                                                                   vários lagos e cursos de água.  deira jóia hindu.  garam.                       mente  aquele  em  que  ficámos  em
 seguem um avião   No  Ganges  fomos  transportados   Visitámos,  também,  o  Forte  de   Dias 23 e 24 Sexta-feira e Sába-  De  tarde  partimos  para  um  pe-  Goa  que  era  magnífico;  este  tinha
 para  Delhi  que   num  barco  pequeno  que  nos  levou   Agra com imponentes muralhas de   do: Partida para Goa. Goa não tem   queno cruzeiro no rio Mandovi du-  uma praia privativa e uns jardins es-
 faz  escala  por   até  às  piras  onde  são  cremados  os   arenito  vermelho  que  rodeiam  um   nada a ver com a Índia. É inacreditá-  rante o qual assistimos a um espec-  plendorosos  e  com  várias  piscinas.
 Munique.  corpos dos hindus falecidos que te-  enorme complexo de edifícios pala-  vel  como  temos  a  sensação  de  que   táculo  de  música  e  danças  típicas   Os guias eram muito bons.
 Dia  17  Sába-  nham mais de 5 anos (que vimos de   cianos.  No  caminho  passámos  por   estamos em Portugal. Nenhum por-  que acabou pela exibição de danças   As impressões quanto à Índia de-
 do:  Chegada  às   longe pois não somos autorizados a   Fathepur  Sikri  –  “A  cidade  fantas-  tuguês deve ir visitar a Índia sem ir a   folclóricas  portuguesas.  Goa  é  um   pendem da óptica por que se anali-
 7h a Delhi. Trans-  aproximar).  Depois  o  barco  levou-  ma”, hoje desabitada mas um autên-  Goa. É realmente fantástico como os   paraíso  turístico  que  é  frequentado   sar:  sob  o  ponto  de  vista  humano,
 fer  para  o  hotel   nos até às escadarias onde têm lugar   tico “ Museu de Pedra”.   goeses continuam a amar Portugal e   por  muitos  indianos  e  estrangeiros   não  deve  ser  possível  encontrar
 onde fomos rece-  as cerimónias hindus durante o pôr   Dia  21  Quarta-feira:  Continua-  o transmitem aos seus descendentes   que vão de férias para as suas fantás-  umas  condições  de  vida  piores  do
 Abílio P. Santos  bidos  com  uma   do sol, tudo envolto pelos aromas de   ção da viagem para Jaipur,  em auto-  e “teimam “ em preservar o que os   ticas praias.   que as que vimos. Os direitos huma-
 (19520108)  coroa  de  flores  e   incenso e outras especiarias e de cân-  carro, por uma “auto-estrada” onde   portugueses  fizeram  e  lá  deixaram   Disseram-nos  que  as  diferenças   nos são um mito. O direito à saúde
 refrescos.  Iniciá-  ticos  religiosos.  O  cheiro  da  Índia   tudo “anda” como lhe apetece e até   desde  a  língua,  religião,  culinária,   existentes  entre  a  Índia  e  Goa  têm   existe para quem tem dinheiro para
 mos,  assim,  a   ainda perdurou durante muitos dias   em contra-mão!!...Encontrámos nes-  agricultura e forma de vestir. Visitá-  tendência a desaparecer pois deslo-  a pagar. O ensino é para quem tem
 nossa visita por Delhi que é uma das   depois do regresso a Portugal.                                                                                                                      sa  “auto-estrada”    carros  ,  autocar-  mos a Basílica do Bom Jesus onde se   caram para lá muitos indianos idos   dinheiro para frequentar escolas. As
 cidades mais antigas do mundo. Da   Dia  19  Segunda-feira:  De  ma-  ros, bicicletas, peões, carroças, vacas,   encontra  o  túmulo  de  S.  Francisco   de Delhi e de Mumbai (Bombaim).           passagens  de  peões  existem,  mas
 nossa visita salientamos o Forte Ver-  drugada fomos, outra vez, fazer um   camelos … A meio do caminho fomos   Xavier, a Sé Catedral, o Museu onde   Dia  25  Domingo:  Partida  para   primeiro passam os carros, inclusive
 melho  cujo  nome  deriva  das  suas   passeio de barco no Ganges para ver-  mandados parar por uma patrulha e   podemos encontrar os retratos de to-  Mumbai  (Bombaim)  onde  fizemos   os carros oficiais.
 muralhas serem de arenito vermelho   mos as cerimónias do nascer do sol.   tivemos  de  fazer  o  resto  da  viagem   dos os Vice-Reis da Índia e as estátu-  uma visita panorâmica onde pude-  Enfim um país de contrastes ini-
 e que é um símbolo da nação indiana.   Milhares de devotos dirigem-se, no-  por  uma  estradita  pelo  interior  da   as de Vasco da Gama e de Camões. É   mos admirar a impressionante Esta-  magináveis para o século XXI.
 Foi aqui que se hasteou, pela primei-  vamente, ao rio para fazerem as suas   Índia. Foi uma viagem fantástica que   a História deles e a nossa. A talha da   ção Vitória, os Jardins Suspensos, a   Assim, terminou a “Viagem à Ín-
 ra vez, a bandeira nacional quando a   orações  e  se  banharem  nas  suas   levou  cerca  de  4  h  para  percorrer   Basílica e da Catedral é maravilhosa;   Porta  da  Índia  e  a  baía  conhecida   dia – Pupilos do Exército “. Pena foi
 Índia  se  tornou  independente  em   águas  que,  para  os  hindus,  são  sa-  cerca de 50 km. Aqui vimos a verda-  é  considerada  a  mais  bela  talha  de   como o Colar da Rainha.                                                                                                            que dos 11 viajantes só 1 (um) era Pi-
 1947.  Visitámos,  ainda,  a  mesquita   gradas. A cor é dada pelos saris das   deira  Índia,  onde  se  destacavam  os   toda a Ásia. Em Margão, uma pessoa   Dia 26 Segunda-Feira: Chegada   lão: Eu!
 Jami Masjid e demos uma volta pa-  indianas que se banham no Ganges e   coloridos saris das indianas e o sor-
 norâmica por toda a cidade. Delhi é   fazem os seus rituais da mesma for-  riso das crianças mas, onde as pesso-
 uma cidade com contrastes em que   ma como os seus antepassados o fa-  as coabitavam com toda a espécie de
 se mistura o velho com o novo.                                            ziam há muitos séculos.                                      animais: aquelas localidades parece
 Dia 18 Domingo: Partida em voo   Depois de acabarmos de visitar a   que pararam no séc. XIV ou XV.
 de carreira regular com destino a Va-  cidade  santa  dos  hindus  partimos   Dia 22 Quinta-feira: Jaipur, tam-
 ranasi. Transporte para o hotel (to-  para Agra.  bém, conhecida como a “ Cidade Cor
 dos muito bons em toda a viagem) e,   Dia 20 Terça-feira: Visita da ci-  de Rosa” por ter sido construída com
 depois do almoço, partida para Sar-  dade de Agra e de uma das 7 Maravi-  pedras vermelhas. Iniciámos a nossa
 nath  onde  visitámos  o  monumento   lhas  do  Mundo  moderno,  o  Taj   visita pelo Fort Amber cuja subida
 central do complexo Stupa de Dha-  Mahal, construído pelo rei Shahjahan   foi  feita  de  elefante,  relembrando  o
 mekh,  do  sec.V  d.C.  que  é  adorado   em memória da sua esposa Mumtaz   tempo dos marajás (que ainda exis-
 pelos Budistas. Regresso a Varanasi.
 Varanasi é indescritível e inacre-
 ditável.  Como  podem  “viver”  nas
 ruas  estreitas,  tortuosas  e  incrivel-
 mente sujas, pessoas, cães, macacos,
 vacas,  porcos,  camelos,  ratos  e  ou-
 tros…
 Varanasi  é  a  cidade  eterna  dos
 hindus e o mais antigo centro de pe-
 regrinação de toda a Índia. Respira-
 se um misticismo que não consegui-
 mos compreender; só ver e não que-
 rer acreditar no que vemos. Assisti-
 mos ao pôr do sol no rio Ganges de-
 pois  de  termos  sido  transportados
 num  riquexó  por  ruelas  apinhadas


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