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Evocações ALFREDO FERREIRA GOnÇALVES

UM NOTÁVEl “CURRICUlUM VITAE”

m complemento à entre- O ensino da Matemática moti-
vista que a senhora sua fi- vou-o muito e pode praticá-lo, em
lha D. Élia Ferreira Gon- excelente nível, nos “Pupilos do
çalves nos deu, para lem- Exército”, onde foi colocado em Ju-
Ebrarmos e assim homena- lho de 1955, como Sub-Director.
gearmos a figura de seu pai, o Coro- A partir desta data, passou a re-
nel Ferreira Gonçalves, aqui apre- sidir nos Pupilos do Exército, em
sentamos, a brilhante folha de ser- São Domingos de Benfica, tendo-se
viços, que teve ao longo dos quaren- devotado totalmente ao IMPE.
ta e sete anos que esteve integrado Em 20 de Julho de 1957 foi pro-
na Instituição Militar. movido a Coronel.
Neste ano, passou a director do
Instituto, sucedendo ao Coronel
Manuel Quirino Pacheco de Sousa.
Enfrentando as dificuldades, de
tempos um tanto agrestes, conse-
guiu a recuperação funcional e
prestigiante do Instituto onde se
manteve até à sua reforma.
Reformado em 17 de Junho de 1971, extra-militar, o coronel Ferreira
data exacta dos seus setenta anos, dei- Gonçalves foi agraciado com as co-
xou o Instituto mas apenas fisicamen- mendas da Ordem de Avis (Março
te. Até ao fim dos seus dias (Março de de 1953) e da ordem do Infante Dom
1996), o coronel Alfredo Ferreira Gon- Henrique (Março de 1965). Pelos
çalves nunca se sentiu desligado, mesmos méritos, de rasgados e me-
afectivamente do seu IMPE. recidos elogios, registou perto de 30
Além da brilhante carreira militar, louvores, citações de mérito e con-
as Forças Armadas reconheceram-no decorações com particular relevo
e a sua folha de serviços está repleta para a Medalha de Mérito Militar
de Condecorações e Louvores. de 1ª Classe quando em 1971, após
São três folhas em formato A4, 16 anos de intensa actividade, dei-
O “nosso” director Coronel Fer- totalmente preenchidas, de 1927 a xou o cargo de Director do Instituto
reira Gonçalves, nasceu em Casas 1971 (44 anos!), onde cabem (e quase dos Pupilos do Exército.
Novas ( S. Martinho do Bispo ), con- extravasam) as elogiosas referên-
celho de Coimbra, em 17 de Junho cias ao “nosso” saudoso Director. OBRIGADO CORONEL ALFRE-
de 1901 e bem cedo começou a sua À escala nacional, digamos que DO FERREIRA GONÇALVES
assinalável carreira militar. Foi in-
corporado no 2º Grupo da Compa-
nhia de Saúde por vontade própria,
aos 21 anos de idade (29/Abril/1922),
completando os preparatórios uni-
versitários de acesso à Escola de
Guerra (hoje Academia Militar), ali
completando o Curso de Artilharia,
em 1927, com imediata promoção a
Alferes (1/Novembro/1927).
Um ano depois, ascendia a Te-
nente e obtinha o seu Diploma de
Engenheiro Fabril, sempre com as
mais elevadas classificações. A 15 de
Agosto de 1942 foi promovido a Ca-
pitão e esteve neste posto até 16 de
Março de 1951. Nesta data foi pro-
movido a Major, até 30 de Junho de
1955. Já como Tenente-coronel foi
colocado no Instituto dos Pupilos
do Exército. Ao ser condecorado pelo Presidente da República

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