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IPE INSTITUTO DOS
PUPILOS DO EXÉRCITO
GNR, apoiados pelos antigos membros da formiga branca. Apoia a comunistas como seus principais inimigos”. São feitas centenas de
revolta lisboeta o coronel José Mendes dos Reis. Sublevam-se prisões, que o TME– Tribunal Militar Especial, “condena” em penas
também o cruzador Carvalho Araújo, sob o comando do comandan- de “degredo”.Grande parte dos “condenados” civis e militares, irão
te João Manuel de Carvalho e a canhoneira Ibo. Revoltosos concen- “inaugurar” o Campo de Prisioneiros do Tarrafal, em Cabo-verde.
tram-se no Arsenal, que sofre um bombardeamento da aviação. Do
lado governamental em Lisboa a defesa é coordenada, primeiro, pelo
general Luís Manuel Domingues e, depois do dia 9, por Passos e
Sousa. Foi uma revolta violenta e sanguinária. Verificaram-se cerca
de 70 mortos no Porto e 50 em Lisboa.
N a sua própria residência, em Lisboa, é morto o antigo ministro da
guerra Américo Olavo. Os futuros oposicionistas Humberto Delgado
e Henrique Galvão, são apoiantes do governo da Ditadura.
O Governo dissolve as unidades do Exército e da GNR revoltosas,
extingue as organizações políticas e cívicas participantes. São demi-
tidos dos cargos que desempenhavam, na Biblioteca Nacional, Jaime
Cortesão e Raul Proença. Em 27 de Maio é dissolvida a Confederação
Geral dos Trabalhadores, encerrada a sua sede e o jornal A Batalha.
– Revolta da Madeira – 1931 – Revolta dos Generais do 28 de Maio – 15 de Abril de 1934
H á data, encontravam-se na ilha, vários deportados políticos, que O s “generais” desafiam Salazar – através do Ministro da Guerra –
lideraram o 7 de Fevereiro de 1927. Na madrugada de 4 de Abril, no Gen. Luís A. D’Oliveira – no Regimento de Caçadores 5, perante
Funchal, é desencadeada “nova revolta” comandada pelo General Carmona, assumindo – “ter desaparecido o “formal” bi-presidecia-
Sousa Dias. No Continente, onde se previa vir a ser apoiada, tal não lismo do “chefe do governo” – perante e face à “figura decorativa”
se verificou, apenas se estendeu aos Açores e à Guiné, com as do Presidente da República (Gen. Óscar Carmona). Afirmavam “Os
“aderências” dos coronéis Fernando Freiria e José Mendes dos Reis, Homens da espada” (na designação de Salazar), que “o PR é a
bem como do tenente Manuel Ferreira Camões. O chefe civil foi o única fonte do poder, com a confiança do Exército” – pressionando
antigo ministro Pestana Júnior. Outros revoltosos são Carlos Vilhe- o PR – no sentido do “afastamento” de Salazar”, que pede a demis-
na e Sílvio Pélico. Defende-se um governo republicano que restaure são em Conselho de Ministros. A “situação” manteve-se ficando
as liberdades públicas e regresse à ordem constitucional. Várias ilhas “consagrado” o “presidencialismo do Chefe do Governo”. “Tudo”
dos Açores, aderem ao movimento desencadeado na Madeira, sob a ficou por aqui”. Acabava-se a “autonomia” de Óscar Carmona, a
liderança do comandante Maia Rebelo, com o capitão-de-mar-e- quem o “povo” dizia – não passar de um “manequim fardado”.
-guerra João Manuel de Carvalho, do sidonista Lobo Pimental e do – Revolta de 10 de Setembro de 1935;
major Armando Pires Falcão, (pai de Vera Lagoa). É criada uma “zona M ovimentação organizada pelo líder nacional-sindicalista Rolão
neutral” nalguns hotéis do Funchal, pelos Ingleses, norte-americanos Preto, regressado do exílio, com o apoio do CMG Mendes Norton,
e brasileiros residentes. monárquico – um dos conspiradores do 28 de Maio – e, de ”indi-
O s oposicionistas no exílio, sob a liderança da chamada Liga de víduos” de diversos partidos, militares demitidos das velhas revolu-
Paris, chegam a falar na constituição de uma República da Atlântida. ções e elementos das chamadas direitas. A ”insurreição” acoberta
O governo da Ditadura Nacional envia uma expedição que começa participantes, de um amplo leque ideológico (republicanos, ligados
por controlar os revoltosos açorianos. O ministro da marinha Maga- aos exilados em França e Espanha; nacionais-sindicalistas, monár-
lhães Correia comanda a expedição à Madeira e desembarca no quicos, etc.). É feita contra o governo de Salazar, com o assalto
Caniçal. Segue-se a conquista do Machico por uma força comanda- previsto, ao Quartel da Penha de França, em Lisboa e que, desde
da pelo capitão Jaime Botelho Moniz, isolando-se o Funchal. O le- cedo, é gorado pela acção no terreno, do Cap. Monteiro Libório,
vantamento chega ao fim em 2 de Maio. graças à “colaboração antecipada” da PVDE. Os “golpistas” pretendiam
E m Lisboa, a 19 de Maio a polícia encerra o Grémio Lusitano, sede a manutenção de Carmona, a demissão do Presidente do Conselho
do Grande Oriente Lusitano. e de alguns ministros. Entre os “golpistas” implicados, destacam-se
– Greve insurreccional de 18 de Janeiro de 1934 os nomes de Alçada Padrez, Alcídio Lopes d´Almeida, Artur Rebelo
C onsistiu na acção contra o “Regime Ditatorial”, através do “O mo- d’Almeida e de Manuel Valente.
vimento operário”, corporizado pela Confederação Geral do Trabalho – Revolta de marinheiros de 8 de Setembro 1936
(CGT – com tendências anarco-socialistas-cumunistas-socialistas) S ublevação a partir do navio “Afonso d´Albuquerque” e do contra-
contra a “aprovação” da Constituição de 33 e, da “publicação” do torpedeiro “Dão”, sublevando o pessoal do “Bartolomeu Dias”, ficou
Estatuto Nacional do Trabalho. Manifestam-se em Almada, Barreiro, conhecida pelo “Motim dos Barcos do Tejo”. A “acção” levada acabo
Silves e em Lisboa (onde rebentam “bombas” e há “cortes dos durante a Guerra Civil Espanhola e contra a “ditadura” portuguesa,
comboios – Poço do Bispo). Contudo “A polícia e o governo com- foi desencadeada pela Organização Revolucionária da Armada-ORA).
portaram-se como se desejassem que o movimento deflagrasse para, As “guarnições” procuravam sair pela Barra do Tejo, visando a so-
em seguida, desmantelá-lo e reprimir os envolvidos” os quais foram lidariedade com as forças republicanas em Espanha. Após uma in-
«sujeitos aos tribunais especiais». tensa troca de tiros travada entre os navios e o Forte de São Julião
A “greve” é contida pelas forças policiais e militares do regime. e, com a intervenção da aviação, que causaram a morte de 10 mari-
“Derrotados os anarco-sindicalistas e os reviralhistas à sua esquerda, nheiros. A revolta fracassou e os sublevados (Oficiais e Sargentos)
e os nacionais-sindicalistas à sua direita, o Estado Novo erigiria os foram demitidos e presos, dos quais cerca de 60, transferidos para
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