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ENTREVIsTA






             circunstância, deveríamos vestir o fato de cotim que usá-
             ramos  na  escola  evitando  assim  que  transparecessem
             preconceitos, acanhamentos ou relevância de hierarquias!
                Eu digo que necessário não será materializar o uso do
             “cotim assertoado” mas que, mentalmente imponhamos,
             a nós próprios essa fraternidade das crianças leais e francas
             que todos fôramos por anos e anos!
                Aproximar alunos e ex-alunos é e será sempre impe-
             rativo das direções da APE estimulando convívios e, por-
             que  estatutariamente  sócios  os  alunos  são,  importante
             seria, aquando da receção aos novos alunos, a direção lhes
             entregasse um cartão de sócio, com os símbolos da fre-
             quência do Instituto (Barretina) e de sócio da APE (Ver-
             de  e  Vermelho)  proporcionando  um  vínculo  espiritual
             desde os primeiros momentos da ligação à escola comum!

             quaL o papeL da ape nas ações que se con-
             sidereM necessárias para o futuro do ipe?          ela a nossa própria vida e em refrão …repetimos: – e se por
                Futuro do IPE!?... Os tempos que se adivinham estão   um traidor a virmos atacada desprezaremos por ela a nossa
             carregados de incertezas! Aliás sempre foram periclitantes   própria vida… desprezaremos por ela a nossa própria vida,
             e  instáveis  ao  sabor  de  interesses  cooperativos  que  se   usaram e abusaram das nossas fraquezas económico-sociais
             aproveitaram das fragilidades materiais e sociais da nossa   de forma perversa como sendo o elo mais fraco da estru-
             proveniência!                                      tura  educativa  técnico  militar  e  da  estrutura  educativa
                - Isto é, das fragilidades dos quadros subalternos das   nacional; Usaram-nos aquando do plano “Marshall” e usar-
             forças armadas!                                    nos-ão hoje e amanhã, evocando sempre a reestruturação
                O ideal republicano em elevar a educação dos filhos   do  ensino  e  os  altos  interesses  da  Pátria!  Fariseus  que
             desses  militares  era  um  objetivo  de  elevação  social  da   utilizam a “capa de pátria” para melhor atingirem a per-
             nação em geral e dos seus servidores com menor capaci-  versidade dos seus intentos!
             dade monetária! Desde que me conheço que assim pensei!   Sei  que  me  estou  a  desviar  da  pergunta  mas  não
                Pertinência, ponderação, razoabilidade, empenho, mui-  poderia deixar de fazer esta análise para melhor alertar
             to empenho mesmo de todos nós terão de ser disponibi-  para o futuro negro que se avizinha!
             lizados para enfrentar a turba de incapazes e ignorantes   É sabida a minha posição de todos os tempos em de-
             que julgando-se salvadores da Pátria, sem que por ela algo   fesa  da  proximidade  e  interligação  permanente  entre  o
             já tenham feito, partem de meros organigramas concebidos   Instituto e a APE, de forma continuada. O objetivo pri-
             sobre qualquer CAD ou Excel, sem ponderação sobre as   meiro será a valorização da escola, na plenitude do bem
             consequências  humanas,  tão  pouco  do  aproveitar  dos   saber e bem-fazer, para dignificação dos alunos, da Insti-
             valores das Instituições existentes! O bota abaixo para o   tuição  e  do  seu  corpo  docente,  projetando-os  para  o
             fazer de novo e esquecer o passado recente ou longínquo,   mundo e, assim, bem servirem “a nossa Pátria querida!”
             servindo a interesses ocultos, num custe o que custar, sem   Tudo e todas as ações desenvolvidas de forma penhorada
             escrúpulos,  renegando  os  saberes  antepassados  que  por   sim,  mas  sem  interferência  nas  obrigações  que  a  cada
             séculos  a  história  de  Portugal  edificaram!  Quem  a  sua   parte  se  impõem  no  respeito  reciproco  e  em  defesa  da
             história pátria ou familiar renega nunca terá sossego inte-  ética. Isto é sem ingerência! A César o que é de César!
             rior  e  não  passarão  de  vendilhões  desses  templos,  que   Estes  foram  os  princípios  que  defendi  e  cumprimos
             repito, são a Pátria e a Família!                  durante os nove anos que presidi aos destinos da APE quer
                Por pertinente, permito-me lembrar que nós os pupilos   com diretores ex-alunos ou não! Sempre no cumprimen-
             sempre fomos os parentes pobres desde a sua criação aos   to rigoroso da ética e respeito recíproco de atenções ex-
             tempos  de  hoje!  Fomos  sempre  utilizados  ao  sabor  dos   pressas  em  visitas  de  cumprimentos  e  disponibilidades,
             interesses primeiros daqueles que nos albergavam e que,   sempre que haviam alterações na composição da Direção
             com despudor, cortavam a seu belo prazer indiferentes aos   do IMPE ou da Direção da APE! A entreajuda era total e
             interesses e sonhos dos alunos e aos anseios dos seus pais!   reciproca e, não fora assim, tornar-se-ia impossível levar a
                Eles, os altos dignatários deste Portugal, ao qual todos   bom porto as inúmeras ações em que a APE se envolvera
             nós, alunos e ex-alunos, jurámos fidelidade eterna, cantan-  quer por iniciativa própria quer em conjunto com o IMPE,
             do  bem  alto,  no  nosso  Hino:  –…  e  se  por  um  traidor  a   sempre em favor dos alunos e da sua promoção desporti-
             nossa pátria querida a virmos atacada desprezaremos por   va, cultural, social e ética!


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