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entrevista
com o Director do IPE
Ex. Sr. Major General Alves Rosa
mo
uem foi o aluno mais novo da Academia Militar, M.Gen.A.R – Pela negativa, evoco o estado das insta-
em 1974/75, foi também um dos Oficiais de En- lações e algum espírito acomodatício, de resignação, por
Qgenharia a atingir mais cedo o generalato e ainda parte de diversos colaboradores, bem como dos próprios
o mais novo de toda a história dos Directores do Instituto? alunos.
– O Major General Alves Rosa, um técnico de grande qua- Pela positiva, cito a postura, a atitude digna dos alunos,
lidade e um bom mentor de comunicabilidade. quando em actividades de representação cultural, física
Comprovámo-lo, com confessado prazer, através da e cerimónias. Essa atitude em eventos não tem paralelo
entrevista que concedeu ao nosso “Boletim”, de plena nenhum com a conduta do quotidiano que às vezes não
abertura e alargado âmbito de questões que tomam maior valorizam.
vulto nas imediações do Centenário “pilónico”. Boletim – A reforma recente do ensino praticado
De seguida, com os nossos melhores agradecimentos no IPE é satisfatória? Que reticências lhe sugere?
fica a súmula do diálogo mantido por um par de horas de M.Gen.A.R – Por enquanto é apenas modificação do
grande afabilidade e significativa consideração para com modelo formativo. Estamos a dar os primeiros passos. O
os desígnios da APE. ensino nunca se dá por terminado. Fazemos um balanço
anual, mas só ao fim dos primeiros três anos do ensino téc-
Boletim - Qual o seu percurso profissional até nico profissional, ou seja em Julho de 2012, é que estare-
chegar a Director do IPE? mos na posse de todos os parâmetros. Para mim, o Ensino
M.Gen.A.R – Completei recentemente 30 anos no Técnico Profissional é o futuro, num formato que possibilite
quadro permanente do Exército, chegando ao meu actual enveredar pelo mercado do trabalho ou continuar outros
posto em 20/02/2008, pouco antes de vir para o Insti-
tuto. Fiz o curso de Engenharia Electrotécnica do Serviço
Material na Academia Militar e, posteriormente para além
de outros os Cursos de Promoção a Oficial Superior e de
Promoção a Oficial General.
Desempenhei diversos cargos de Direcção em vários
Estabelecimentos e Unidades militares até ter sido nome-
ado Director do IPE em 17/10/2008. Da minha folha de
serviços constam onze louvores dois dos quais concedi-
dos pelo General Chefe do Estado-Maior do Exército.
Possuo ainda várias condecorações de apreciada valia.
Boletim – Sente que tem a responsabilidade de
ser o Director da mudança do IPE? Quais são as
suas metas?
M.Gen.A.R – Numa interpretação à letra, não o sinto.
Mas após estes dois anos de Direcção, comecei a aper-
ceber-me de um conjunto de “esperanças”, num futuro
diferente por parte da comunidade “pilónica”, e então
há que imputar a alguém o assumir tal responsabilidade.
Como metas preconizo: melhorar o ensino de forma ge-
ral; consolidar o Ensino Secundário Profissional; conseguir
que os nossos alunos enveredem também por Cursos de
Especialização Tecnológica; melhorar as infra estruturas,
que considero uma questão básica; aumentar a auto es-
tima (ambição) a nível de ensino dos nossos alunos, isto
é, prepará-los mentalmente para fazerem mais e melhor,
reagindo à ideia simplista do quanto baste; também julgo
importante, consolidar a entrada de educandos do sexo
feminino. Entendo assim ser possível um bom incremen-
to de Admissões.
Boletim – Quando veio para o IPE, como Direc-
tor, o que mais o surpreendeu, positiva e negativa-
mente?
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