Page 11 - Boletim numero 255 da APE
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 acompanhamento, apenas pão. A qualidade do peixe, da carne de vaca e do leite é normalmente boa. Mas fica-se por aqui. Os restantes produtos locais, como fruta e legumes, são normalmente muito pobres.
Rica é a doçaria, em especial a da ilha Terceira, criada pelas freiras nos muitos conventos que teve ao longo da sua história. De certeza das mais ricas do país.
Para finalizar, e em modo de balanço, falemos de des- vantagens e vantagens de viver nestas ilhas.
Comecemos pelas desvantagens. A mais óbvia é o isola- mento, que sendo hoje muito menor, não desapareceu. Pes- soalmente, começa a faltar-me terra no horizonte, espaço para percorrer.
Associada ao isolamento, e numa época em que nin- guém faz stocks, há a dificuldade crónica em adquirir bens que são importados. É importante não perder de vista que estamos numa região que importa praticamente tudo, mes- mo o que come.
Profissionalmente, o facto de ser uma região pequena, sem massa crítica humana suficiente para constituir um mercado minimamente viável, é altamente penalizador. Tudo depende demasiadamente do Estado. A formação qualificada tem de ser praticamente toda feita no exterior e é fácil entrar em obsolescência profissional.
Os transportes marítimos, quer entre ilhas, quer nas li- gações com o exterior, são cronicamente maus e os trans- portes públicos inexistentes. Todas as deslocações são feitas com recurso ao automóvel privado. E para sair ou chegar, só de avião.
Numa região com a dimensão dos Açores, em que a Opo- sição nunca ganha eleições e tem de ser o Poder a perdê-las, torna os ciclos políticos demasiado longos.
A pobreza é ainda uma realidade, tendo a Região os pio- res índices do país nesta matéria.
Concluamos com as vantagens. A primeira e a mais im- portante: o acesso aos cuidados de saúde do SNS (aqui SRS) é fácil, as instalações são de um modo geral de boa qualida- de, mas os atrasos e as demoras para se conseguirem alguns serviços são exactamente iguais ao resto do país.
A educação rege-se pelos mesmos padrões do restante país e a oferta de actividades extracurriculares é razoável. As distâncias das rotinas diárias são normalmente curtas e o tem- po rende. As cidades são seguras, cuidadas e limpas, a crimi- nalidade é residual e as pessoas são afáveis e hospitaleiras.
As amplitudes térmicas são estreitas, pelo que raramente faz muito frio ou muito calor. Estes são acentuados apenas pela sempre elevada humidade, especialmente no Verão, fa- zendo com que a sensação térmica seja muito diferente da temperatura real. As noites, mesmo de inverno, são amenas e quase não existe ruído ambiente. A água do mar tem na maior parte do ano temperaturas de fazer inveja às do Algar- ve, sendo, não raras vezes, superiores às do ar.
Para quem gosta de fotografar, a luz é de um modo geral excelente e o horizonte livre de obstáculos.
Não sendo um paraíso, como tanta vez ouço chamar-lhe (para muita gente não passa mesmo de um purgatório), tem sido a minha terra de adopção e aprendi a amá-la. Visitem- -nos, não se arrependerão.
Revisão linguística e termi- nológica de textos redigidos em português europeu. Uma revisão nos aspetos ortográ- fico, sintático, lexical, semân- tico, etc
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