Page 9 - Boletim APE - 250
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de ordem indispensável à salvação do planeta e da sua perfeita integração num universo que nos exige respeito e bom senso!... se não cuidarmos hoje dos desequilíbrios já existentes, se não conseguirmos melhorar as políticas em curso e levarmos os líderes e demais responsáveis a conci- liar progresso com sustentabilidade e a combaterem defi- nitivamente aqueles que colocam o lucro e o exercício do poder acima de tudo, se não conseguirmos eliminar os focos de uma cruel e insensível maldade que põe a ganân- cia a qualquer preço acima da própria humanidade, pro- movendo guerras para venderem as suas produções de
VADIAr
Hoje não houve piscina e era um dos meus dias de fazer natação. um festival ou “workshop” ou qual- quer coisa semelhante, ocupou o pavilhão gimno- desportivo e os utentes ficaram sem espaço.
quando assim acontece ocupo o tempo com uma pas- seata aqui pelos meus sítios. Apanho um pouco do sol en- vergonhado, que vai espreitando entre as nuvens, e vou cogitando. Vou reparando em algumas embalagens que as pessoas deixam por aí. quando tenho um ecoponto perto, apanho-as e meto-as onde deveriam estar.
reparo que muitas são deixadas para servirem de bebe- douro aos passarinhos. Também outras servem para colo- car comida para gatos. Má prática essa. Os passarinhos sa- bem muito bem encontrar água para as suas necessidades. No campo ninguém lá deixa vasilhas.
reparo também que há muito menos, ou quase ne- nhuns, gatos selvagens. Os que andam pelos jardins têm normalmente dono. só que, alguns, abrem-lhes a porta e deixam-nos passear sós. são esses que se aproveitam da “caridade” daqueles que não pensam que estão a poluir o ambiente e a contribuir para a proliferação das ratazanas. Essas é que aproveitam as dádivas.
Noto também que não se vêm cães vadios. Há muitos cães, mas a passear com os donos. De trela de estica encolhe lá vão eles pela relva enquanto os donos, de saquinho de plástico na mão, esperam pacientemente que os bichanos resolvam a sua necessidade de alívio intestinal. Vá lá, nisso estamos a ficar mais conscientes, mas em muitas ruas, mais escondidas, ainda temos que fazer “slalom” para não levar- mos nas solas o que os donos dos bichinhos têm na cabeça. Tenho um pouco de pena dos cãezinhos por terem pouco espaço para exercício. Apesar das trelas extensíveis, os bi- chos pouco ou nada podem correr. um cão que viva num apartamento, tem necessidade de correr livremente. Mas, continuando a falar em cães vadios, penso que eles já não aparecem porque a CM os apanha, felizmente sem quase darmos por isso. Pobres bicharocos que já não podem vadiar.
E aqui, atendendo a esta palavra, acho que vadiar até é uma coisa boa, pois eu, quando por aqui vou andando, também estou a vadiar.
materiais bélicos, se não procurarmos na ciência um pro- gresso que não nos destrua, a nós e aos nossos recursos naturais, se não soubermos olhar para o futuro como aquilo que o planeta nos irá devolver como prémio ou castigo das nossas acções e decisões de hoje, quer dizer que não fomos capazes de o recuperar em condições de nos receber amanhã e assim continuarmos o nosso cami- nho para uma humanidade no mais perfeito equilíbrio possível...
será impossível recuperar algo que já está comprometi- do à partida e mesmo antes dela!...
rui Cabral Telo
19480265
O dicionário de português refere: “Vadiar Andar à toa, passear. levar vida ociosa. Não estudar, não trabalhar”.
É precisamente o que faço.
Esta palavra faz-me lembrar o romance de Jorge Ama- do; “Dona Flor e seus Dois Maridos” em que o primeiro ma- rido de Flor, Vadinho, de seu apelido, lhe dizia: “Flor, meu amor, vamos vadiá?”
Boa vadiação a dele, uma actividade que os cachorros, hoje em dia, só praticam quando os seus donos progra- mam o nascimento de uma prole, normalmente com fins lucrativos.
E assim, cogitando, vou ocupando o meu tempo vadian- do por aí...
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(continuação) CróniCaS
       Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • Julho-Setembro | 7













































































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