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NOTAs... sOLTAs















           DAVID SEQUERRA
           19430333




           Um virtuoso das                                    O “Ponta de lança”

           interpretações fadistas                                estemunhei e conto. Foi nos

                                                              Tdomínios  “imperiais”  do
                reconhecimento do fado como património mundial   Zeca  Pereira,  na  super-típica
           O  tem dado aso a muitos e variados comentários e a   localidade de São Manços, em
           sucessivas evocações. Nestas, por mais de uma vez, surgiu   pleno Alentejo.
           enaltecido  o  nome  do  guitarrista  José  Nunes,  ex-aluno   Em alegre convívio, o Bran-
           “pilónico”  (19210023),  um  virtuoso  das  interpretações   co (19550197) deu de caras com
           fadistas, figura de proa ao longo das décadas de 40 a 60.   o devotadíssimo Fernando Pires,
           Augusto Dias, seu contemporâneo e amigo, várias vezes   da  mesma  geração.  O  cumpri-
           nos elogiou a categoria de José Nunes que, no ambiente   mento não foi tão intenso quanto se esperava, percebendo-
           típico  do  fado,  agora  na  ribalta  mundial,  não  tem  sido   -se no Branco alguma dúvida sobre quem o saudava.
           esquecido.                                            Houve, em redor, quem estranhasse essa ténue reacção
              Mais um “pilão” em evidência sabe sempre bem regis-  do  Branco,  um  caloiro  de  1955.  E  veio  a  ajudinha  da
           tar  a  aplaudir.  É  que  o  visamos,  emotivamente,  nesta   praxe: – Eh pá é o “ponta de lança”, o Fernando!
           evocação do brioso 23 de 1921.                        Num ápice o Branco desfez-se num grande sorriso e
                                                              abraçou emocionado, o Fernando Pires (19550275) que,
                                                              nos tempos de Matateu e “Zé” Águas, mereceu a sugesti-
           Um “pernilongo” que                                va alcunha de “ponta-de-lança” da qual tem feito um bom
                                                              cartão-de-visita.
           muito impressionou                                    Mais  de  meio  século  decorrido,  o  “nosso”  Fernando
           o exigente Professor                               continua a merecer, nas nem sempre fáceis andanças do
                                                              “Boletim”, o rótulo elogiável de “ponta-de-lança”, a fazer
           Fernando Ferreira                                  muitos “golos” na baliza da amizade.



                uem poderia ter atingido elevado grau de qualidade,
           Qna prática atletismo, tal como outros “pilões” o con- Um “pilão” especial
           seguiram, é o Armando Marques Medeiros (19590020),
           um pernilongo que muito impressionou o exigente Pro-    ão  foi  aluno  do  nosso
           fessor Fernando Ferreira, quando tinha apenas 16 anos e  NIPE, mas bem merece o
           corria e saltava promissoramente.                  rótulo de “pilão”, embora em
              Num dos convívios “pilónicos” em que temos partici-  jeito de “honoris causa”. Refe-
           pado (e com tanto prazer!) mantivemos com o Armando   rimo-nos  ao  António  José
           Medeiros um bom diálogo e ficámos com pena que o “20”   Baptista,  um  dos  mais  assí-
           em  1964/65,  na  viragem  da  adolescência,  não  tivesse   duos e comunicativos “bridge-
           acumulado brilharetes competitivos ao serviço do Benfica,   deiros” comandados pelo im-
           “pescado” pelo Professor Fernando Ferreira.        pagável Jaime Leite.
              São coisas da vida, caro Armando.                  Bom amigo, compenetrado jogador, granjeando simpa-
              Mas gostámos de te conhecer e relembrar, neste recan-  tias gerais, o companheiro Baptista bem merece esta ligei-
           to “boletinesco”, as tuas proezas no atletismo.    ra nota de referência. Ficará surpreendido, quero crer, mas
                                                              há-de sentir-se satisfeito. Um “pilão” especial digno de um
                                                              sonoro Salvé!



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