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6 CRÓNICAS
BOLETIM APE | JUL/SET 2023
bom português), o nosso elo para conseguirmos refeições
alternativas às pizas.
Não só convenceu o dono (Charles Rosário) a servir cer-
veja – oficialmente não autorizada no local – e, portanto,
"discretamente" disponibilizada em copos brancos e opa-
cos, como foi ele próprio comprar os camarões que ali foram
cozinhados e comidos com arroz "fugado" (do português re-
fugado), com legumes diversos, caju e açafrão...uma delícia.
Ficamos assim reduzidos a 4 convivas: Cândido Azeve-
do, Nathan Machado (que com 19 anos foi o damaense mais
novo que encontrámos a expressar-se em Português), Ber-
nardo Noruega (filho do padrinho do Cândido) e eu próprio.
Para o jantar tínhamos convidado o juiz Orlando Miranda
e a mãe do Nathan (Anita Dias), que também borregaram
por motivos religiosos - Quaresma dixit.
Apesar disso, a Anita foi a cozinheira dos "bolinhos
de carne" e do "camarão temperado", pratos fortes da
gastronomia de Damão, a par da espetada de leitão, que
ficará para outra ocasião.
Alertados pela comunicação social portuguesa, em
Damão Grande passámos pela Capela de Nossa Senhora
das Angústias, herança portuguesa com mais de 400 anos
que o governo local pretende demolir, com a oposição de
toda a comunidade católica, para ampliação dum campo
de futebol contíguo, onde, no topo do lado da "Porta da
Terra" da Fortaleza de S. Sebastião, se ergue o monumento
português aos Mortos na Grande Guerra.
Em Moti Daman, visitámos ainda as ruínas do Colégio
Jesuíta das Onze Mil Virgens (séc XVI), em cuja área
adjacente agora voltou a funcionar um colégio católico
misto.
Também apreciámos o magnífico Pôr do Sol na praia de
Jambore - Moti Daman.
Nas nossas deambulações ao fim da tarde/princípio da
noite, por mais que uma vez nos cruzámos com a tradicional