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CRÓNICAS
BOLETIM APE | JUL/SET 2023
cerimónia ritual de casamento nas ruas de Damão Pequeno,
com carruagem vistosa onde imperam as cores berrantes e
a música anima os circunstantes.
Como já foi referido atrás, fizemos uma incursão a Dádrá
que se estendeu a Nagar Haveli, dois enclaves portugueses
de 1780 a 1954, distando entre si cerca de 3Kms, a 24 Kms de
Damão, de onde vinham as madeiras para a construção das
naus da Índia, no estaleiro de Damão, como aconteceu com
a única sobrevivente D. Fernando II e Glória.
Visitámos Esquadra da Polícia em Dádrá, onde no
pequeno largo frontal se encontra um marco evocativo dos
acontecimentos 22 Jul 1954 que conduziram à integração.
À chegada a Nagar-Haveli visitámos o que resta da
Ponte Vasco da Gama (cuja placa já foi destruída) ali
edificada pelos portugueses sobre o afluente do rio Daman-
Ganga, que ainda exibe os seus pilares em pedra, e foi mais
recentemente ampliada com a construção de um novo
tabuleiro.
Fomos a Silvassa, município que continua a ser a capital
daquela sub-região, local onde em 1951 nasceu o Pilão
Américo Carmo Azevedo (19620309), irmão do Cândido.
Ali almoçámos um belo peixe recheado, designado
de Bomblim ou Bombay duck, que o Bernardo Noruega,
aproveitando a nossa desatenção momentânea, arranjou
maneira de pagar sem darmos por isso.
Um diligente e simpático zelador, com apelidos
portugueses, franqueou-nos o acesso ao interior da Igreja
de Nª Senhora da Piedade, onde foram baptizadas as irmãs
do Cândido, e muitas vezes ele participou nas cerimónias
religiosas mais marcantes.
Esperem pelos capítulos seguintes (Bombaim e Goa).