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42 EVOCAÇÕES
BOLETIM APE | JUL/SET 2023
Manuel Pimenta
19640022
Nos dias de hoje todo(a)s o(a)s aluno(a)s
do Instituto são portadores de um Cartão
individual, denominado Autorização de
Saída, que não serve para identificação, estando
esta informação bem expressa no cartão.
Na entrada e saída das instalações do Instituto
devem ser portadores desse cartão. Possui
informação da Companhia do aluno, número de
aluno e ano de entrada, primeiro nome e apelido
e, claro, a respectiva foto. Refere também o
regime de Internato ou Externato e em caso de
Externo, os familiares com quem está a autorizado
a sair. Os mais velhos estão dispensados de serem
acompanhados...
Ao tempo de 1964 até 1974, 9 anos como
aluno interno e 1 como aluno externo, igualmente
todos os alunos tinham um cartão, um Bilhete de
Identidade que os identificava e responsabilizava
como aluno do ITMPE.
O meu último cartão datado de 22 Novembro
de 1972.
No seu verso descrevia como devíamos cumprir a boa
apresentação de uniforme e cabelo, o comportamento com
correcção e aprumo e o cumprimento militar de continência
aos oficiais e professores das Forças Armadas e do Instituto.
Para a prática de modalidades dos campeonatos
distritais da Mocidade Portuguesa tínhamos também um
cartão, denominado Licença Desportiva, o meu datado da
época 1970/1971, tendo o número 746/70, para a prática de
Handebol (assim escrito no verso do cartão) e Basquetebol.
Para além destas modalidades representei o Instituto em
Voleibol e Atletismo.
No futebol e pelo Instituto disputei uma única partida e
contra o Colégio Militar, nas instalações campo de futebol no
Os cartões do tempo
do Instituto...
interior do Colégio no ano lectivo 1970/1971. O resultado foi
um empate a 2 golos e a equipa era treinada pelo Professor
Valdemar Saágua.
Por último cartão, já no ano lectivo 1973/1974, sendo
aluno Estagiário externo, do Curso Médio de Electrotecnia
e Máquinas, de Outubro a Dezembro de 1973 cumpri os 3
meses de estágio, parte Electrotecnia, na fábrica da Motra-
Siemens, localizada no Sabugo-Sintra.
De 8 de Janeiro a 6 de Abril de 1974, o estágio, parte
Máquinas seria na TAP Divisão de Manutenção e Engenharia.
A TAP já era o que hoje todos os portugueses conhecem.
Uma Empresa Pública de muitos e diversos interesses que
não devem ser recomendáveis em meios empresariais.
Mas nas Empresas Públicas, hoje, como nesse tempo,
encontramos de tudo...
Quis o ambiente político e social ao tempo
que e porque nos primeiros 15 dias na TAP e em
conversas informais no Departamento de Pessoal,
tivesse sido considerado um elemento suspeito de
“subversivo”, uma expressão desses tempos...
Simplesmente porque eu argumentava se a
empresa me obrigasse presença em “full time” de
2ªfeira a 6ª feira, manhã e tarde, deveria subsidiar-
me. Devido a obrigações e compromissos que
já tinha assumido informei que o Estágio seria
possível em 3 dias de semana, 3ª e 4ª feira de
manhã e 6ª feira durante manhã e tarde.
No ano 1973 e com início em 19 Novembro
exercia funções docentes sendo professor
Eventual na Secção Liceal D.Pedro V – Secção de
Mafra.
Na carta da TAP para o Instituto de 18
Janeiro, assinada pelo Director de Manutenção
e Engenharia, escreveram que não era

























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