Page 5 - Boletim numero 261 da APE

BOLETIM APE | ABR/JUN 2021 CRÓNICAS 3
Tempo de Memória
Coisas coloniais... as primeiras mulheres que chega- ram às Forças Armadas e partiram para cenários de conflito (guerras), foram as enfermeiras paraque-
distas. O corpo de enfermeiras, foi criado em Maio de 1961, decreto lei no 43663. O primeiro curso terminou a 8 de Agos- to de 1961.
Sem funções de combate, atuaram em cenários de con- flito, “linha de frente”, procedendo a evacuações de feri- dos, em zonas de difícil acesso, de especial responsabilidade e risco.
Angola, Guiné, Moçambique, para os militares feridos em combate, a presença das enfermeiras equivalia, ao con- forto de uma mãe. Esqueciam-se de si próprias para tratar de alguém que, num “mato” desconhecido, se encontrava em dor e sofrimento.
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Fernando Cristo
19550373
Um dia, madrugada, num quartel para os lados de Santa- rém, um jovem capitão do Exército, que sabia não estar só, fala aos seus militares perfilados de fronte de si, diz-lhes: “meus senhores, como todos sabem há diversas modalida- des de estado. Os estados sociais, corporativos e o estado a que chegámos”.
Ora, nesta noite vamos acabar com o estado a que che- gámos!
De maneira que quem quiser vir comigo, vem para Lis- boa e acabamos com isto.
Quem for voluntário, sai da forma. Quem não quiser sair fica aqui!
Capitão Salgueiro Maia e seus rapazes dos tanques, pelas 11 horas, no Terreiro do Paço marcaram o triunfo da Revolu- ção!
Salgueiro Maia, um dos capitães de Abril, faleceu em 1992. Ficou para a história dum 25 de Abril que foi em 1974!
Sem memória não existe futuro...
África, uma guerra sem sentido!
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