Page 25 - Boletim numero 256 da APE
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 EM FOCO APE
 PILõES EM DESTAqUE
RENATO PEREIRA (19830268)
Em destaque, o Antigo Aluno Renato Pereira (19830268) por ter ganho o Prémio de Melhor Artigo em Creativity and Innova- tion Management (CIM), pelo artigo “Resilient employees are creative employees, when the workplace forces them to be”. O júri composto pelos editores da CIM e pelo conselho editorial, considerou que artigo oferece uma perspetiva intrigante sobre ambientes organizacio- nais adversos e que conclui que esses ambientes po- dem energizar inovações disruptivas úteis por indivídu- os com alta resiliência. O prémio será entregue na CINet (The Continuous Innovation Network) Conference que
se realizará em setembro de 2020, em Milão.
JORGE LuDOVICO BOLAS (19820538)
O Antigo Aluno, Jorge Ludovico Bolas (19820538) é, desde dezembro, o novo Comandante do Comando Territorial do Porto (GNR). A tomada de posse ocor- reu no passado dia 14 de dezembro, no quartel do Carmo no Porto e foi pre- sidida pelo Comandante- -Geral da Guarda Nacio- nal Republicana, Tenen- te-General Luís Francisco Botelho Miguel.
RICARDO FILIPE FIGuEIRAS MARçAL (20000039)
O Antigo Aluno Ricardo Mar- çal (20000039) é mais um antigo aluno a prestar serviço no IPE. Desde 9 de dezembro de 2019,
o Cap Inf Ricardo Filipe Figueiras Marçal, passou a desempenhar as funções de Comandante da Companhia de Serviços, no Ins- tituto dos Pupilos do Exército, por despacho de 02jun15, de
S.Exa. o General CEME.
A APE deseja-lhe as maiores felicidades e sucesso
ALEXANDRE CABRAL (19290072)
Patrono do curso 2019/2020 do Insti- tuto dos Pupilos do Exército, um curso abraçado por aquele que é considerado como uma das mais destacadas figuras intelectuais de sempre, que passaram pelo IPE.
Alexandre Cabral é o pseudónimo
pelo qual todos o conheciam como escri-
tor, sendo o seu verdadeiro nome José
dos Santos Cabral. Nasceu em Lisboa, na
Freguesia da Ajuda, em 17 de outubro
de 1917 e faleceu a 21 de novembro de 1996, tendo-se licencia- do na Faculdade de Letras da universidade Nova de Lisboa em Ciências Histórico-Filosóficas.
Ligado à corrente literária neorrealista, acabou por se es- pecializar como conhecedor da obra de Camilo Castelo Bran- co. O estudo camiliano que realizou durante grande parte da sua vida, culminou na elaboração de um importante Dicioná- rio de Camilo, que o destacam como um dos maiores e mais importantes especialistas da obra do prestigiado autor.
Colaborava regularmente em revistas e jornais, fez parte dos corpos diretivos de importantes instituições ligadas à políti- ca e cultura. Foi um dos elementos importantes na formação da Sociedade Portuguesa de Escritores, tendo feito parte da pri- meira direção, que foi presidida por Aquilino Ribeiro. Dedicou- -se também à tradução (e divulgação) de obras estrangeiras, prefácios de livros, para além de colaboração dispersa em livros de homenagem ou de intervenção política e cultural.
Para além do pseudónimo de Alexandre Cabral, nos seus primeiros livros utilizou também o de Z. Larbak.
É extensa a sua obra literária, em que se incluem romances, novelas, contos e ensaios, antologias, prefácios.
Estreou-se com “Cinzas da Nossa Alma”, (1937). Publicou contos e romances de feição neorrealista, como “Contos Som- brios”, (1938), “O Sol Nascerá um Dia” (1942), “Contos da Eu- ropa e da áfrica”, (1947), “Fonte da Telha”, (1949), “Terra Quente”, (1953), “Malta Brava”, (1955), “Histórias do Zaire”, (1956), e “Margem Norte”, (1961). Em 1959 escreveu uma peça de teatro: “As duas faces”. Em1981, um livro para crian- ças “A Quinta do Meu Avô”.
Foi em “Malta Brava” (1955), que regista de uma forma magistral os seus tempos no IPE, sendo essa obra pura história de uma época e de uma escola. ...”Muito do que hoje sou, devo-o em grande parte à educação espartana que lá [no Ins- tituto dos Pupilos do Exército] me ministraram (...)”
Alexandre Cabral foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Or- dem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República Mário Soa- res e recebeu, também, medalhas
de mérito e diversos prémios. Resta acrescentar que Alexan- dre Cabral não foi apenas um es- critor e investigador, foi também um homem empenhado na luta
pela democracia de Portugal.
                neste novo cargo.
Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • janeiro a março | 23




































































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