Page 31 - Boletim nº 251 da APE OUT a DEZ de 2018
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 “Homem da Guerra Fria e estratego inteligente, deixa An- gola para as superpotências e Portugal para a NATO. Um mês antes do 25 de Novembro, o líder soviético Leonid Breznev, numa conversa a sós, em Moscovo, explicara-lhe que a União Soviética não combateria os EUA na Península Ibérica. Por isso, a primeira preocupação de Costa Gomes, na manhã do 25 de Novembro, é falar com Cunhal e o seu braço popular (não armado, mas armável), a Intersindical. Cunhal aceita, mas ganha tempo para negociar o futuro, sem grandes per- das para o PCP”.
O PCP realiza, em 7 de Dezembro, um Comício no Campo Pequeno
– Álvaro Cunhal, a 7 de dezembro, reconhece a derrota sofrida pela esquerda revolucionária, e apela à “unida- de das forças interessadas na salvaguarda das liberda- des, da democracia e da revolução”.
– A 1 de Janeiro de 1976 a GNR intervém, junto à prisão de Custóias, para dispersar a manifestação de solida- riedade com os militares presos após o 25 de Novem- bro de que resultam quatro mortos e seis feridos.
– Após a divulgação do Relatório Preliminar dos aconte- cimentos de 25 de Novembro (19Jan76) Otelo Saraiva de Carvalho, alegadamente, estaria implicado no pos- sível golpe militar de esquerda. É preso.
– Grande manifestação popular, no dia 20 de Fevereiro, em Lisboa pela libertação dos militares presos em con- sequência dos acontecimentos de 25 de Novembro.
– Otelo Saraiva de Carvalho, (03Mar76) é libertado e passa ao regime de residência fixa.
– A rede bombista foi particularmente ativa no Norte e no Centro do país
«Ataques» às sedes do PCP e da UDP no Norte de País – Distrito de Braga – 1976
Nota2:
* “Há uma zona de sombras” sobre a rede bombista de e xtrema-direita, cujas acções continuaram mesmo depois de terminado o Verão Quente de 1975”.
* “A data que frequentemente nos dizem que é a da pacifi- cação e da normalidade democrática, o 25 de Novembro de 1975, não o é de todo.” Os atentados bombistas mais violentos e mortais ocorrem precisamente em 1976. “Os meses de Abril e Maio são os mais sanguinários: é assassinado o padre Max, a embaixada de Cuba em Lisboa vai pelos ares, matando dois
funcionários diplomáticos, um jovem morre na sequência do rebentamento de um carro armadilhado junto à sede do PCP na Avenida da Liberdade, em Lisboa, uma bomba explode numa residência em São Martinho do Campo, Santo Tirso, matando Rosinda Teixeira, a mulher de um trabalhador fabril”.
REACÇõES “INSULARES” ... NO PóS 25 DE ABRIL ...
O que poderemos dizer ...
Para além, das “manifestações” pró-Abril (1974) quer nos Açores, quer na Madeira criaram-se organizações “separa- tistas” de índole «politico e paramilitar» que perpetuaram, em todo o período do «PREC Continental» actividades sub- versivas (acções de terrorismo), nomeadamente, ataques bombistas, contra património, bens e cidadãos, conotados com forças, ditas de esquerda.
A Frente de Libertação dos Açores (FLA) foi um movi- mento que, no contexto da Revolução dos Cravos em Por- tugal, pleiteou a independência dos Açores com relação aquele território, organização similar à Frente de Libertação do Arquipélago da Madeira (FLAMA).
Tinham como Ideologia: Separatismo, anticomunismo.
    Símbolo da FLA
Símbolos da FLAMA e da UPM
A FLA, é criada em Londres, a 8 de abril de 1975. Irá re- correr à violência para conseguir os seus objectivos de in- dependência. Cria, no seu seio, o Exército de Libertação dos Açores, braço armado da FLA. Numa reunião nas Canárias (Ago75).
Para além, de exigir (em Moção, aprovada) a transferên- cia para fora dos Açores dos militantes do PCP e “seus saté- lites”, efectiva a destruição das sedes do PCP em Ponta Del- gada e as sedes do PCP MDP/CDE e do MES em Angra do Heroísmo.
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Como acções desenvolvidas, acentua-se a invasão e a
difusão pelo Radio Clube de Angra, dos princípios progra- máticos da FLA, bem como... o deslocamento de jovens açorianos a Lisboa, a içarem a bandeira da FLA num mastro no Aeroporto da Portela, no Castelo de São Jorge e no mo- numento ao Marquês de Pombal, como à época, fizeram os Navegadores, na capital.3
Há a «denúncia» de que a FLA actua, impunemente, nas ilhas Terceira e São Miguel, com apoio ou tolerância das au- toridades civis e militares. Assume, que o caminho para a independência, pode ser abandonado, se em Portugal se consolidar a linha do Grupo dos Nove.
A UPM – União do Povo da Madeira, chegou após o 25 de Abril, estava interessada predominantemente na luta de classes, assumindo preponderância a linha, com as suas te- ses marxistas-leninistas-maoistas, tornando-se progressiva- mente uma sucursal da UDP e ganhou um cariz cada vez mais radical e populista, propagando as teses da revolução
    Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • Outubro-Dezembro | 29






































































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