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EDITORIAL

Paixão e Razão

AMÉRICO FERREIRA
Presidente da Direcção
19650038

e acordo com o despacho 264/MDN/2012, de 5 de Novembro, existem motivadores para o ingresso nas Forças Armadas e de Segurança e nos
Dorientações do Ministro da Defesa para o Instituto dos Pupilos do quadros das empresas das Indústrias de Defesa.
Exército se concentrar no ensino secundário profissional. • Manutenção das características tradicionalmente diferenciadoras da
É nossa convicção que o desaparecimento do 2º e 3 º ciclos do IPE, educação nos EME, nomeadamente no que se refere à cultura de
contribuirá paulatinamente para destruir um sistema assente num ensino valores éticos e de cidadania e ao reforço das qualidades de carácter
secundário profissional, cuja força reside na prévia frequência do ensino e de liderança, mantendo uma forte ênfase na “educação total” com
básico regular formatado como orientador e motivador dos alunos para a articulação entre a aprendizagem escolar e o desenvolvimento físico
posterior frequência dos cursos profissionais. e cultural.
Dificilmente se conseguirá “fidelizar” alunos, com idades de 16 anos ou • Racionalização da gestão dos EME, incluindo a dinamização de com-
mais, que entrem directamente para o profissional. pras conjuntas e partilha de recursos.
A nossa proposta base para o relançamento do modelo de formação e • Diversificação das origens dos alunos, com acções de apropriada di-
educação da IPE assenta nos seguintes pilares: vulgação e angariação, nomeadamente:
• Opção pelo ensino profissional de dupla certificação (atribuição de – Filhos de militares e de elementos das Forças de Segurança;
nível profissional e do nível secundário), incluindo a oferta cursos de – Alunos admitidos ao abrigo de protocolos com empresas nacionais
especialização tecnológica – formação pós secundária não superior com actividades económicas no estrangeiro, em benefício dos seus
(CET) – Nível 4 e DET nível 5; colaboradores temporariamente expatriados;
• Alinhamento rigoroso com os programas de educação e formação – Alunos filhos de emigrantes estabelecidos permanentemente fora
estabelecidos pelo MEC, incluindo a vertente de ensino dual (ensino de Portugal;
com vertente de formação em contexto de trabalho em empresas e – Alunos admitidos ao abrigo de protocolos com instituições públicas
outras instituições). e privadas existentes em países estrangeiros, em particular os PLOP;
• Manutenção da oferta de ensino nos 2º e 3º Ciclos, do ensino básico – Alunos admitidos ao abrigo de protocolos firmados com o Ministé-
clássico, embora com orientação propedêutica e motivante para a rio da Segurança Social;
frequência sucessiva do ensino secundário profissional; extensão do – Alunos filhos de cidadãos nacionais ou estrangeiros, candidatos por
ensino profissional ao 3º ciclo do ensino básico, caso venha a ser essa iniciativa própria (vulgarmente designados por “alunos civis”).
a evolução do sistema nacional do ensino público obrigatório. Complementaridade do programa de educação e formação enquanto
• Versatilidade no formato de frequência – internato/externato – EME, afirmando-se igualmente como Centro de Formação Militar e Tecno-
embora com prioridade para o primeiro por ser o único que atribui lógico com serviços a prestar às Forças Armadas, em particular ao Exército,
carácter nacional e internacional ao Instituto; manutenção da admissão e ao tecido empresarial nacional, em moldes a desenvolver.
dos 2 géneros. Um importante factor determinante da qualidade, do progresso tecno-
• Existência duma “via verde” que possibilite a transferência dos alunos lógico e da eficiência é um sistema educativo de qualidade, nas suas diversas
para os outros EME e vice-versa. etapas, sobretudo na formação profissional (modelo de aprendizagem).
• Estabelecimento de protocolos que permitam a formação em contex- Porque estamos convictos que o “Pilão” deve continuar a missão que
to de trabalho inerente ao ensino dual, com as Indústrias de Defesa justificou a sua criação, a Associação dos Pupilos do Exército está preparada
integrantes da EMPORDEF, com os pólos tecnológicos de manutenção para continuar a dar o seu contributo incondicional e voluntarioso para
de sistemas e equipamentos e de desenvolvimento das TIC dos três atingirmos os objectivos que propomos.
ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança e, complemen- O nosso envolvimento em prol da Escola que nos formou tem muita
tarmente, com outras empresas e instituições privadas aderentes. Paixão, mas também se fundamenta na Razão não obstante haver outras
• Sem prejuízo do direito constitucional à livre escolha de profissão, razões que não defendemos.
estabelecimento ao longo do período de aprendizagem, de factores Querer é Poder

BOLETIM DA ASSOCIAÇÃO DOS PUPILOS DO EXÉRCITO | Publicação Trimestral Ano LXVIII | N.º 227 | Outubro a Dezembro de 2012
PROPRIEDADE DA ASSOCIAÇÃO DOS PUPILOS DO EXÉRCITO – Rua Major Neutel de Abreu, N.º 20 S/l – E – 1500-411 Lisboa
Ano LXVIII - N.º 227 • Outubro a Dezembro 2012
Publicação trimestral distribuição gratuita aos sócios
Preço de capa 4,00 € - ISSN N.º 1645 - 975X
Querer é Poder Tel.: 217 782 980 | Fax: 217 788 694 | e-mail: apexercito@gmail.com | website: http:\\www.ape.pt | boletim.ape@gmail.com
FUNDADOR: Alberto Silva Santos Lino
associação dos pupilos do exército
DIRECTOR: Américo de Abreu Ferreira
Despedida do Director do IPE EDITOR: Fernando Pires
Despedida do Director do IPE
Despedida do Director do IPE
MARKETING E PUBLICIDADE: José Rosado
REDACÇÃO: David Sequerra, Manuel Borges Correia, Rui Telo
COLABORADORES (nesta edição): Alexandre Correia, Aníbal Ferreira, António Barroso, António Boavida Pinheiro, António Pinto Pereira,
António Ribeiro da Silva, António Teixeira Mota, Cândido de Azevedo, David Pascoal Rosado, Egas de Basto, Ernâni Balsa, Fernando
Cristo, Jacinto de Almeida, Jorge Antunes, José de Lencastre, José Lopes, José Manuel Pedroso da Silva, José Pereira, Licínio Granada,
Margarida Pereira
EXECUÇÃO GRÁFICA E IMPRESSÃO: Europress, Lda. – Indústria Gráfica
Entrevista IPE APE
Artur Barroca da Cunha Cerimónia de Apadrinhamento As nossas Cecílias Boletim da Associação dos Pupilos do Exército | 1
ISSN: 1645-975X | Depósito Legal: 98621/96 | Tiragem: 1.000 Exemplares