Page 7 - Boletim APE_218
P. 7
Rapidissímas
NOTAS
COm muITA SAuDADE – um SóSIA DO “GRãO-DE-bICO”
uem aparece com alguma frequência na nossa Sede, aos 15 anos de idade, escrevera alguns contos, logo di-
Qnos intervalos das suas tarefas de coleccionador de vulgados pela Emissora Nacional. Precocidades assim
selos, é o bem conhecido “Alcochete”, o nosso Coronel vão acontecendo e justificam estimulantes divulga-
Vitor Mendes (1940.0291) que foi, no seu tempo “pilóni- ções. É bem o caso da simpática Mariana, novíssima
co”, um “Peyroteo” de categoria. Não joga bridge mas colaboradora do nosso BOLETIM. Parabéns – e que
convive bem, com repetidos exercícios de memória em continue bem inspirada!
parceria comigo e com o Madeira
Peste. sta rubrica já com alguns bons anos de vida, suce-
Lembrei-me do “Alcochete” para Edendo ao texto similar intitulado “Breves & Rápi-
evocar, nestas “Rapidíssimas”, ou- das”, pode estar posta em causa não pelo conteúdo mas
tros casos de “pilões” da minha safra pela extensão.
que também se popularizaram por Bem intencionado vou juntando factos e lembranças,
nomes de terras de onde eram prove- tentando utilizar os favores da síntese mas, mesmo as-
nientes: o “Granjais”, o “Gavião”, o sim, o “chefão” Fernando não me poupa das exigências
“Alfarazes”, o “Açoriano”, o “Castelo de gestão de espaço, considerando que sou pródigo na
de Vide”, o “Viseu” (Bijeu), o “Alijó”, “descoberta” de peripécias “pilónicas” dignas de divul-
David Sequerra etc. (poderá mesmo chamar-se um gação. E vamos lá a economizar espaço bolitinesco...
(19430333) mapa de alcunhas geográficas...)
Ao longo dos anos – e vão tantos! om a retumbante e invulgar atribuição de seis “bar-
- Haverá, por certo, mais exemplos Cretinas de honra” (um verdadeiro record!) pas-
que outros poderão evocar nestas páginas. saram a ser 16 os galardoados, incluindo a própria As-
Por hoje, ofereço a “deixa”, inspirado no meu amigo sociação, desde o “nosso” Gen. Vitor Mesquita ao ainda
“Alcochete”, recente oitentão em boa forma, a relembrar jovem Marcos Sousa, com quase 40 anos de diferença
os tempos em que era “pé canhão”, como o Fernando em idades. Das individualidades estão entre os vivos,
Peyroteo. felizmente, 13 pilões de apreciada qualidade.
E vamos mantendo a salutar expectativa de que to-
oi um “pilão” dos mais autênticos, de imensa devo- dos esses galardoados se mantenham à altura dos seus
Fção associativa. Evocamos o Gomes Ferreira, o 93 da créditos, a bem da Associação.
década de 40, deliciosamente popularizado como “Grão-
de-bico”. Um nortenho de boa cepa que fez brilhante ão simpática como surpreendentemente, tivemos
carreira profissional no Porto e nos deixou demasiada- Tnotícias do “Isca” do meu tempo, o 251, da década de
mente cedo, para mágoa de todos nós. 40, de quem falámos num dos mais recentes APONTA-
Recordo-me muitas vezes do “Grão-de-bico” tal como MENTOS boletinescos (vidé pág 6 do nº 216, de Mar-
sucedeu, recentemente, ao descobrir uma espécie de só- ço.2010), quase oitentão, o Monteiro está activo, se bem
sia do Gomes Ferreira numa revista de uma muito mo- que indesejavelmente afastado da APE. A revelação
derna Companhia de Aviação da Turquia. É notável a proveio-nos de sua irmã, casada com um “pilão” um
parecença do su- tanto mais moderno do que o”Isca” e participante ha-
jeito da esquerda bitual nos convívios associativos.
com o nosso “93”, Por intermédio do simpático casal, na manhã de 23
quando tinha uns de Maio, enviamos ao “251” do nosso Curso de Indústria
25 anos de idade. um forte abraço. E esperamos agora uma réplica con-
Quem o conheceu digna.
decerto concorda-
rá com a razão de Rui Cabral Telo, excelente “pilão”que tem estado
ser desta curiosi- Osolidamente ligado à APE e ao “Boletim”, tem no
dade fisionómica prelo mais uma muito promissora produção literária
que aumenta em intitulada: “Caçador Branco” que começa assim:
nós o sinete de “A savana africana, de capim a meia altura, povoada com
muita saudade! profusão por arbustos altos, estende-se abaixo do pequeno mor-
ro onde o jipe se encontrava.”
á repararam E é do jipe que o nosso Rui vive e revive admiráveis
J bem na quali- aventuras na sua condição de caçador exímio por terras
dade da escrita da tão promissora adolescente Maria- de África por onde andou.
na Terra da Motta, neta do “nosso” Lola Reis? Notável, O novo livro tem 22 capítulos e lê-se, com muito agra-
sem dúvida, a deixar margem de convicta previsão do, de um só fôlego
para altos voos, nos domínios da escrita. Com 15 anos e Na próxima edição, prometemos, desde já, que volta-
é uma excelente aluna, para o natural gáudio do seu remos ao “Caçador Branco” do inspirado Rui Telo, que é
avô. Recentemente, escutei num programa televisivo, um excelente informático e um “pilão” com quem há
datado de 1997 (Canal Memória) o Professor Dr. José que contar - e muito! - no ciclo de comemorações do Cen-
Hermano Saraiva que, na já longínqua data de 1935, tenário.
6 | Associação dos Pupilos do Exército Associação dos Pupilos do Exército | 7
Revista Pupilos 218.indd 6 10/11/08 14:18:30