Page 16 - Boletim numero 256 da APE
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 CARAS DO PILÃO
 O “Pilão nossa Casa”, foi um su- cesso estrondoso desde o início, diz-nos que muito mais do que esta- va à espera. Conta-nos a Ana Olivei- ra, durante a entrevista, que a pri- meira vez que a ouviu foi na missa da primeira comunhão do IPE, em maio, e que seriam poucas as pes- soas que não choraram naquele dia.
Não há muitas dúvidas que a música “Pilão Nossa Casa” cumpriu o seu grande objetivo. Foi de en- contro à sensibilidade que existia na altura, de se fechar ou não fe- char o IPE e estimulou, também ela, toda uma luta que acabou por reverter a situação.
Em 2003, num estúdio improvi- sado no ginásio, com cobertores para absorver os ruídos do som, gravaram então o CD “Pilão Nossa Casa”, apesar de existir pouca téc- nica, o CD vale pela genuinidade do trabalho e pela qualidade que aca- baram por conseguir.
Ao fim de nove anos no IPE, em 2005, achou que estava na altura de se fechar o seu ciclo e de dar lugar a outros. Em paralelo, com o IPE, teve ao longo desses 9 anos mais outros dois projetos, o Conservatório de Música de Seia, onde era o Diretor Pedagógico e também maestro da Banda de Seia. Na altura largou também os projetos de Seia, ficou apenas a dar aulas no Conservató- rio de Cascais e como maestro na Banda de Carcavelos, onde se man- tém até aos dias de hoje.
Conta-nos que não sabe como, apesar do seu objetivo ser sempre reduzir tudo para 50%, acaba qua- se sempre com mais 200% de tra- balho.
Já no fim da nossa conversa não resisti a perguntar-lhe, o que acha- va do IPE, depois de ter passado por lá esses nove anos....
Disse-nos que se tinha entrado apaixonado, tinha saído ainda mais apaixonado, de seguida fez um grande sorriso e gesticulando na minha direção, foi lançando e espa- lhando IPE pelo ar, “A minha opi- nião? Olhe, não deveria existir um IPE, deveria existir, um, dois, três, quatro... muitos!”...
O Smor na opinião dos AA´s
Ricardo Quaresma Dias (20000059)
Definitivamente, foi e continua a ser uma das minhas maiores referências humanas. Numa altura em que os rigores da vida militar e estudantil no IMPE eram uma cons- tante diária, o Sargento Mor Nogueira, com a sua leveza e simpatia salpicadas por uma rectidão de carácter única, representava para mim e outros o modelo de homem que desejaríamos vir a ser. Com uma mão firme elevou o Grupo Coral a um nível de qualidade que, a meu ver, ainda não voltou a ter. Para a Casa e os seus alunos será sempre “O” Maestro no verdadeiro sentido da palavra.
Carlos Pinto (19910181)
O Mor Nogueira foi crucial na minha entrada para o grupo instrumental. Ensinou-me a tocar bateria! Trouxe-nos uma vontade de apenas fazer as coisas em grande, com qualidade, mas com inovação e genialidade. A gravação do disco, o Pilão Nossa Casa... o desafio de fazer melhor! De forma simples, mas firme facilitou algumas das melhores lembranças que guardo. Obrigado!
Luís Neto (Gertrudes) (19950355)
Pessoas que têm a capacidade de marcar as nossas Vidas, merecem os maiores elogios! Pessoas como o SMor Nogueira merecem ser reconhecidas pelo trabalho que desempe- nharam durante anos no Pilão. Homem correto e benevolente, afável e delicado, cor- dial e sincero, verdadeiro e gentil! Poucos são os adjetivos para descrever quem tanto fez pela Nossa Casa tão Bela e tão Ridente. Pronto a ouvir todos os alunos e a partilhar todo o conhecimento que adquiriu ao longo dos anos e sem querer nada em troca. Conseguia cativar todos os alunos com a sua alegria contagiante e só tenho a agrade- cer todo o conhecimento que nos transmitiu! Um bem-haja ao Professor José Nogueira por tudo o que dedicou ao Pilão e a todos nós.
Gustavo Pereira (19990002)
O Prof. Nogueira é um grande exemplo de dedicação, conseguiu elevar bastante a qua- lidade do grupo coral do IMPE, mesmo com um aluno sem bases musicais, conseguia com uma grande predisposição ensinar, juntando também umas boas doses de paciên- cia. Muito mais que um simples professor, foi também um grande conselheiro e amigo. Obrigado, professor.
André Gil (20000116)
O SMOR Nogueira deu continuidade a um trabalho que exponenciou de forma elegante e com o rigor que o caracterizava, aliado à alegria que pretendíamos sentir a cada nota e em cada palco, proporcionando assim, dos melhores momentos a que assisti enquanto membro desta família Pilónica.
Daniel Almeida (19950215)
A minha entrada para os Pupilos coincide com o renascer do Grupo Coral e Instrumen- tal sob a direcção do maestro SMOR Nogueira. Recordo-me perfeitamente do entusias- mo de poder fazer parte deste grupo, mas a minha continuidade ao longo dos 11 anos seguintes foi em muito influenciada pela atitude, profissionalismo e energia conta- giante do nosso maestro. Aliás, este período foi de tal maneira marcante para mim que ainda hoje o canto coral faz parte do meu dia a dia. Um muito obrigado Maestro!
João Queiroga Gomes (20000023)
O Mor Nogueira é responsável por alguns dos momentos mais felizes que vivi enquan- to aluno do IMPE. Lembrar-me-ei para sempre deste senhor com o maior respeito, cari- nho e estima. Um homem com um talento inato e com uma dedicação e paciência in- comparáveis. Guardarei os seus ensinamentos para toda a vida e terá para sempre a minha maior admiração!
                                14 | Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • janeiro a março











































































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