Page 28 - Boletim APE 248
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iPE
 homEnaGEm do iPE ao antiGo aluno antónio ribEiro da Silva (19600093)
Ao fim da manhã de quinta-feira dia 2 de Fevereiro, pe- las 12:30, tivemos o privilégio de, na 2a Secção do Instituto, assistir e participar na homenagem prestada a este Pilão que, de forma permanente, está presente em tudo o que diga respeito ao iPE e à APE.
A sala que a partir desta data ostenta o seu nome tem o significado especial de, desde há algum tempo a esta parte, ser o local onde o António passa muito do seu tempo livre dedicando-se ao estudo, pesquisa e preservação da docu- mentação que integra o legado histórico das duas institui- ções.
A APE congratula-se por tão merecida homenagem e apresenta os seus parabéns ao seu Diretor do centro de Do- cumentação e memória.
diScurSo dE aGradEcimEnto
senhor Director dos Pupilos do Exército,
caros alunos, com especial referência, me seja permitido, à minha afilhada Catarina Afonso 93/2014 aqui presente,
Familiares e amigos,
Hoje é para mim um dia de alegria e celebração no ano em que se completam 50 anos da minha saída do Pilão e da participação na caravana da Amizade que visitou Angola e moçambique.
Foi aliás em Angola que pela primeira vez me cruzei com o senhor Director cor miranda soares, na companhia de seu pai Carlos Alberto Lourenço Soares (ex-aluno 19440185), en- tão capitão do sAm e membro da comissão Executiva que então nos recebeu em Luanda em Julho de 1968.
Esta Escola, a minha Escola, instituto dos Pupilos do Exér- cito foi fundada em 25 de Maio de 1911, pouco depois da ins- tauração da república, como “internato de ensino e educa- ção” (art.o 11o do Decreto Fundacional) e inicialmente autori- zado a ter um máximo de 150 alunos.
objecto de enorme procura, esse número foi crescendo até à capacidade máxima instalada de 400 alunos internos, em meados do século passado.
nessa época no interior de Portugal não abundavam es- colas secundárias nem liceus, que constituíam um luxo então apenas reservado às capitais de distrito e pouco mais.
neste contexto, vivendo eu numa pequena vila do norte interior a cerca de 50 Kms do Porto, no seio de uma família humilde (o meu pai era cabo da GNR) e numerosa (9 irmãos) cedo ficou claro que as minhas hipóteses de ir além da instru- ção primária (então 4a Classe) eram diminutas e quase exclu- sivamente direccionadas para o seminário.
Foi na colónia Balnear da Gnr que soube da existência dos Pupilos do Exército que imediatamente passou a ser o meu foco de interesse.
Com quase 6 dezenas de companheiros aqui ingressei em 1960.
Estou grato ao iPE que me permitiu estudar, crescer e ser gente.
não se admirem portanto do meu empenhamento na re- colha e preservação de tudo o que possa interessar à defesa e divulgação da nossa memória colectiva.
Por mais que faça não saldarei a minha dívida de gratidão para com esta Escola centenária que continua a formar cida- dãos úteis à pátria: já somos mais 7.150 e este número vai continuar a crescer por forma a perpetuarmos a existência dos Pupilos do Exército.
compete-nos a todos estar alerta!
Ao revisitar há dias as placas toponímicas existentes na nossa Escola dei ainda mais realce a uma placa que está pa- tente numa das paredes da sala D. João de castro, nosso pa- trono, na 1a secção, que exibe a seguinte inscrição:
luz do conselho de odivelas
A grafia da palavra “conselho”, com s, longe de evocar uma parcela da organização administrativa do país, localidade aqui bem perto de lisboa, sabiamente nos lembra sim o ins- tituto de odivelas, escola centenária, como a nossa, de onde provém o magnífico candelabro existente naquela sala, e que uns espíritos tenebrosos resolveram encerrar há mais de dois anos e que nós não queremos esquecer.
Disso são testemunhas a cristina coelho e a Elsa magro que ali estudaram e que bem fazem a ponte com essa Escola irmã, pois vieram integrar a comunidade Pilónica através da frequência dos cursos superiores.
Em 2015 foi amputado um dos vértices do triângulo até então formado pelos dos 3 EmEs que minha mulher maria João, aqui presente, pode sintetizar já que a avó materna cândida nogueira estudou no instituto de odivelas, o pai Fer- nando Santana Tomaz foi aluno do Colégio Militar (178/1929) e veio a sair-lhe na rifa este vosso amigo Pilão para consorte (ou com azar... dependendo da perspectiva).
não podemos permitir mais encerramentos!
os Pupilos do Exército estão vivos e recomendam-se!
A toponímia dos Pupilos do Exército é diversificada e nela
surgem Directores, professores e antigos alunos, alguns dos quais igualmente enaltecidos pela APE, o que mostra sintonia e complementaridade numa causa comum que é a defesa da Escola e o engrandecimento de toda a comunidade pilónica.
nesta diversidade da toponímia dos Pupilos do Exército cabe mesmo o Jardim dos simples (para os simples), tam- bém na 1a secção, que nos homenageia a todos...os simples.
Grato pela vossa atenção e presença aceitem o meu abra- ço.
Querer é poder.
    26 | Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • Janeiro-Março 2018

































































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