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LEITuRAs (cont.)
Prosseguiu explicando, em breves palavras, acerca da
estrutura do projecto, da elaboração e coordenação da
obra, evidenciando algumas referências à realidade poéti-
ca da redondilha maior, sua evolução e forma, assim como
o prazer que experimentou, “ao ler e reler…, todo este
conjunto de poemas, em primeira mão, na tarefa privile-
giada que lhe coube de os coordenar, e formatar para a
composição gráfica da obra” .
(3)
Seguiu-se a participação de um elevado número dos
co-autores da obra, dizendo os seus poemas, os quais foram
todos muito aplaudidos pelos presentes.
Mas estava para surgir o prato forte da “ementa”, que
consistiu no lançamento do livro de poesia «Poemas em
glosa…», da autoria de António Boavida Pinheiro.
Para apresentação usou da palavra o Poeta Xavier
Zarco, que disse a certa altura que o autor “traz-nos uma
obra o que é mais do que natural… Uma obra que na
aparência é simples, na medida em que cada palavra nos Para se referir depois a certos aspectos que caracteri-
surge com uma naturalidade impressionante, como se zarão a obra, e que lhe poderão imprimir alguma origina-
tivesse sido encontrada ali mesmo, naquela perfeita união lidade, então que livro de poesia, desde logo a faceta di-
do encadeamento que na página está registado…Não se dáctica do seu Proémio, depois nos setenta poemas que
trata de uma mera transcrição, mas de uma verdadeira compõem a obra, na procura da ilustração dos vários
recriação, não com os valores de antanho, mas vestida modelos de glosa encontrados na pesquisa feita, e por fim
com uma nova roupagem…. Quase direi que se trata de a relação das obras consultadas, nas duas páginas e meia
um ressurgir do verso antigo para dentro de um verso da sua bibliografia.
novo…” Seguiu-se então o dizer de alguns desses poemas,
O mesmo poeta já antes no Posfácio da obra escreve- quer pelo autor, quer alguns dos presentes, em interven-
ra que: “Lendo-o parece que o poema já lá estava, que ções que foram sempre muito aplaudidas pelos presen-
nasceu exactamente assim, tal é o domínio da palavra, o tes…
sentir do ritmo e a interiorização técnica que possui. Por Seguiu-se a já habitual sessão de autógrafos, de todos
fim, a escolha dos motes. Estes vão do dito culto ao dito os que quiseram ficar com a obra, com uma dedicató-
popular; de autores que a memória preserva a ilustres ria pessoal do seu autor…, e assim personalizarem cada
desconhecidos. É assim, com esta mescla de registros que um dos exemplares, para as respectivas bibliotecas pes-
a Poesia vive.” (4) soais…
O autor da obra, usou da palavra começando por dizer A fechar a sessão, a Editora ofereceu um “cofee-
que:
-breack” a que não faltou o tradicional bolo de aniversário,
o terceiro, com a entoação dos “Parabéns a você…”
Para si que é meu amigo Para todos os que assistiram, terá sido uma magnífica
Eu escrevi alguns poemas, jornada de convívio, em que a Poesia e a Amizade toma-
Quero partilhar consigo ram conta do evento para gáudio e satisfação de todos em
Tais rimas e seus fonemas
geral e da Poesia em particular…
A Poesia e a Amizade ficaram nessa tarde mais enri-
Venha festejar comigo quecidas…
Com alegria e sem penas,
Em tertúlia no Domingo
Com muita amizade apenas. NOTAS COMPLEMENTARES
(1) Transcrição da Nota Breve, da autoria de Maria da Graça
Festa de anos, e que mais…, Soares e Pedro Baptista, da III Antologia Temas Originais.
Também será nesse dia, Coimbra. 2011.
Em tão boa companhia. (2) Transcrição do Proémio da autoria do coordenador e co-autor
da obra António Boavida Pinheiro, na Antologia «Da Princesa
da Poesia». Pág 9. Editora Temas Originais. Coimbra 2012.
A Temas Originais (3) Idem, idem, pág. 12.
Terceiro ano festeja, (4) In «Poemas em glosa…». De António Boavida Pinheiro. pág.
…muitos mais, que a gente veja. 12. Ed. Termas Originais. Coimbra. 2012.
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