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EvoCaçõES
PElOTÃO DOs “lACErDAs” MAIO 1973
Neste pequeno artigo vou escrever para recordar os “lacerdas” do ano lectivo 1972/73, essa “classe de Pilões” que uns consideravam “menor”, mas alguns, ou muitos, via neles a felicidade e a alegria, puras...
Como sabem “lacerda” é a designação pilónica aos alu- nos não graduados no seu último ano no Instituto.
Não sei se estão extintos ou se actualmente ainda exis- tem no IPE.
Nas prosas e falatórios sobre o Pilão, é usual, há muito o hábito de se falar e escrever sobre os Comandantes de Ba- talhão (CB) e demais graduados.
Porque eram “assim” ou “assado”, porque “frito” ou “cozi- do”, por “aquela palha” ou qualquer banalidade, são muito recordados e referenciados...
Há até no Instituto uma Sala com fotos e há livros edita- dos pela APE sobre os Comandantes de Batalhão.
O IPE promoveu no ano passado de 2017, em Março, o 1o Encontro de CB.
Nos meus 9 anos de Pilão, obviamente, conheci 9 CB.
De todos, de qualquer um deles, tenho boas recorda- ções e opiniões... do 165-Aleixo Dias, do “Dinato” 286-Vilar
de Moura, dos irmãos Cardoso 246 e 53, dos ir- mãos leandro 372 e 225, do 193-Gonçalo...
Mas no artigo de ho- je vou escrever para re- cordar os “lacerdas” do ano lectivo 1972/73... os meus camaradas na foto que encontram junto...
Manuel Pimenta
19640022
Na hierarquia do Co-
mando interno, um alu-
no “lacerda” era um motivo de interrogação e dúvida para acções de liderança, mas no interior do Batalhão para mui- tos era um estatuto invejado...
ser Graduado era a normalidade...
ser” lacerda” era a diferença...
Alinhavam pouco ou nada nas formaturas, nas entradas
e saídas nas Portarias tinham facilidades, na fila das refei- ções tinham prioridade... era um estatuto... muitas vezes apreciado.
32 | Boletim da Associação dos Pupilos do Exército • Julho-Setembro 2018